POR ISMAEL JEFFERSON
Um edital lançado pelo Banco do Nordeste nesta terça-feira (29), em Natal, prevê investimento de R$ 20 milhões em projetos de pesquisa, desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação com proposição de soluções para a cadeia produtiva de energias renováveis,
Segundo o banco, o Edital do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci) 01/2023 – Energias Renováveis - terá ênfase no hidrogênio verde e é o maior de recursos não reembolsáveis da história da instituição, em valores nominais.
"A região Nordeste é responsável hoje por 80% dos financiamentos em energia renovável na região. E a gente precisa também estudar as consequências disso. Qual é o futuro da aplicação desses recursos nas energias renováveis, o que isso pode produzir de bom para a região Nordeste; e, para o futuro, quais são as oportunidades, quais são as preocupações, o que tem que ser planejado dentro de políticas públicas", afirmou o presidente do banco, Paulo Câmara.
O valor estará disponível para instituições de ensino e pesquisa, sejam públicas ou privadas, nos nove estados do Nordeste, além de parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que compõem a área de cobertura do banco, responsável pelo edital. Não há valor mínimo ou máximo por estado.
Os valores das pesquisas poderão chegar a R$ 1 milhão, com prazo de até três anos para desenvolvimento do projeto.
"A gente deve assinar esses contratos até o fim do ano e cada grupo terá entre 12 a 36 meses para implantação de projetos que vão de R$ 100 mil a R$ 1 milhão", detalhou José Aldemir Freire, diretor de planejamento do BNB.
Além de destacar a utilização do hidrogênio verde, os pesquisadores devem abordar, por exemplo, a redução da dependência das hidrelétricas e inovação na produção de energias solar e eólica.
"O Brasil está em uma maratona, uma corrida muito grande para concluir seu processo de transição energética e tem que focar bastante no desenvolvimento de pesquisa aplicada para esse processo. Esse edital vai proporcionar que as entidades de ensino e pesquisa possam desenvolver knowhow e tecnologia que serão utilizados no mercado para desenvolvimento da cadeia de valor para energias renováveis e para a indústria como um todo", considerou Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético do Rio Grande do Norte.
G1/RN