POR ISMAEL JEFFERSON
Duas mulheres foram presas na tarde desta terça-feira (24) ao tentarem sair da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, com mensagens escritas em sacolas plásticas por um detento. Os 12 bilhetes seriam ordens a serem entregues a integrantes de uma organização criminosa que atua fora do presídio.
De acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), as duas são irmã e esposa do autor das mensagens. Elas foram interceptadas no exato momento que saíam da unidade.
Nos manuscritos, haviam ordens para o comércio de armas, tráficos de drogas, cobranças de dívidas do crime e homicídios. O interno e as visitantes foram autuadas pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR).
Operação
De acordo com o diretor da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, Samuel Marques, uma operação indicou a possibilidade de um interno, com influência em uma organização criminosa, passar informações para o mundo exterior através das visitas. A Polícia Penal, então, planejou uma ação específica para impedir a atuação.
O policial penal informou que, diante da suspeita, ao chegar para a visita, a irmã do interno foi submetida aos procedimentos de segurança de rotina: scanner corporal com utilização de raio-x e pórtico detector de metal. No entanto, nenhum ilícito foi identificado.
Os policiais penais mantiveram a vigilância e, após confirmar o recebimento dos bilhetes no contato da visita com o interno, realizaram a abordagem e a deram voz de prisão em flagrante. Na mesma diligência, os servidores também deram voz de prisão à esposa do preso. Ambas acabaram autuadas por organização criminosa e estão à disposição da justiça.
As mensagens eram escritas nas embalagens da alimentação com pontas afiadas das escovas de dente. "Identificamos que o interno tentou repassar ordens utilizando o saco plástico que protege a alimentação. A Seap irá coibir a utilização desse material", afirmou Samuel.
A DEICOR ficará responsável pelas investigações e responsabilização criminal de todos os envolvidos.
G1/RN