Em Natal para receber homenagem na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), o ex-presidente Jair Bolsonaro falou com a imprensa e criticou a condução da política econômica do país. Acompanhado do senador Rogério Marinho, ele comparou os ministros da Fazenda da sua gestão, Paulo Guedes, e o do governo atual, Fernando Haddad.
“Dá para comparar Haddad com Paulo Guedes, pessoal? É como comparar um médico cubano com um médico bem formado aqui no Brasil. Não dá para comparar. O Brasil é um corpo também. Se você tratar mal esse corpo, todos vocês que vieram aqui podem errar”, disse Bolsonaro.
A fala do presidente veio na sequência de uma declaração de Rogério Marinho, que destacou pontos da gestão do ex-presidente em relação ao Governo Federal vigente.
“Acho que a grande comparação que pode ser feita é o que aconteceu no ano passado e está acontecendo agora. O Governo do presidente Bolsonaro terminou com superávit das contas públicas em mais de R$ 50 bilhões. Já foi anunciado agora em setembro que já está chegando em R$ 174 bilhões o déficit do governo atual, e deve chegar perto de R$ 200 bilhões até o final do ano – 2% do PIB”, disse o senador.
Desoneração da folha
A desoneração da folha de pagamentos foi um tema abordado na entrevista. O governo vetou a continuidade da medida para 17 setores da economia, mas o senador Rogério Marinho afirmou que o Senado deverá derrubar o veto na próxima semana.
“O presidente Lula vetou apenas para fazer um aceno para o mercado, mas ele sabe que a própria base dele vai derrubar. É mais uma jogada de marketing dele do que uma convicção pessoal do presidente ou do seu ministro. O governo se caracteriza pela gastança”, pontuou Marinho.
Bolsonaro lembrou que, em conversa com o então ministro Paulo Guedes, no ano passado, a ideia era renovar a desoneração da folha para os 17 setores já contemplados há 12 anos e ainda incluir a área da saúde.