28 janeiro 2024
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DAS CIDADES DO RN PARA O CARNAVAL
AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIAS LIBERTARAM 5.819 NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS
As audiências de custódia
soltaram 5.819 presos nos últimos dois anos no Rio Grande do Norte. Isso
significa que 51,25% das pessoas levadas às audiências no Estado em 2022 e 2023
não permaneceram presas. No total, foram realizadas 11.352 audiências, nas
quais 5.504 pessoas tiveram a prisão decretada. Vinte e nove pessoas ficaram em
prisão domiciliar. Isso significa que as audiências de custódia mais soltaram
do que prenderam nos últimos anos. O fato de nem todos os acusados permanecerem
presos e alguns desses voltarem a cometer crimes até mais graves levanta o
debate se essas audiências prejudicam o trabalho da segurança pública.
O
mérito do delito é observado para fins de analisar se, em tese, houve ou não a
prática do crime, ou seja, não se trata do momento em que o suspeito é julgado
e condenado.
“A
legislação exige alguns requisitos para que a pessoa seja presa
preventivamente. Do contrário, sob pena de incidir em crime de abuso de
autoridade, o juiz não tem como decretar prisão preventiva. E aí se imputa ao
juiz e à audiência de custódia uma frouxidão que nós temos na legislação”,
avalia o magistrado.
Entre
esses critérios, o crime precisa ser doloso com pena prevista acima de quatro
anos de detenção; haver reincidência e condenação anterior por outro crime
doloso após a maioridade, ou descumprimento medidas cautelares. Também quando
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa e, ainda, se o crime envolver
violência doméstica e familiar. Caso o indivíduo já tenha sido levado a outras
audiências de custódia, os critérios são os mesmos, muito embora seja analisada
a gravidade da reincidência e a garantia da ordem pública.
Recentemente,
ganhou repercussão em Natal o caso de um suspeito que passou por sete
audiências de custódia pelo mesmo crime de furto qualificado contra o
patrimônio. Segundo o juiz Diego Dantas, neste caso, o acusado não tinha
passagem pelo poder judiciário enquanto maior de idade, além de se tratar de um
crime com pena menor que quatro anos, fatores que impediam a prisão. “Naquele
momento, o juiz que presidiu a audiência, de forma acertada, o colocou em
liberdade, porque na certidão de antecedentes dele, enquanto maior, ele não
tinha tido nenhuma passagem. Ele teve algumas passagens enquanto era menor, mas
cumpriu os atos infracionais”, relata.
Quando
o acusado não vai para a cadeira podem ser adotadas outras medidas, além da
liberdade, como medidas cautelares e prisão domiciliar.
O
juiz da Vara de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar, destaca que o
objetivo das audiências é melhorar a qualidade das prisões. “É fazer análise rápida
para que as pessoas que precisem estar presas fiquem. As pessoas que terminam
soltas é porque o juiz não verificou motivos legais ou houve algo errado no
flagrante”, assegura.
Ele
ressalta que mesmo que o senso comum entenda que qualquer prática de crime deve
resultar em prisão, legalmente isso não pode acontecer. “A lei brasileira não
permite que todo mundo deve ficar preso automaticamente ao cometer um delito.
Um dos motivos da custódia é evitar que aconteça abuso nas prisões.
Se
um policial se excede nessa hora o juiz pode mandar apurar. Isso pode deixar
alguns chateados”, aponta Henrique Baltazar.
“Liberação de presos fragiliza o
nosso trabalho”, dizem policiais
Entidades
que representam profissionais da segurança pública criticam a liberação de presos,
que consideram excessiva, nas audiências de custódia e chegam a considerar que
os magistrados estão adotando essas audiências como “política de
desencarceramento”, de modo a comprometer o trabalho das forças de segurança.
“A
audiência de custódia está se servindo para desencarcerar bandidos. A gente
observa que os critérios que os juízes estão adotando são muito flexíveis com a
bandidagem”, reclama o subtenente da Polícia Militar, Eliabe Marques,
vice-presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e
Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM).
Ele
defende que a prisão preventiva dos suspeitos precisaria ser mais aplicada. “E
aí a gente diz, não, mas o preso preenche aqueles requisitos, mas a gente vê
que não é isso que está acontecendo. A gente tem visto criminosos contumazes
sendo liberados. Essas decisões enviesadas da justiça, fragilizam o trabalho
policial e potencializam, ou seja, fortalecem a atividade criminal”, afirma o
subtenente.
Segundo
ele, 60% dos suspeitos presos pelos atentados em série ocorridos em março de
2023, tiveram relaxamento da prisão, mesmo depois de um trabalho reforçado das
polícias para capturá-los. Não foi possível a reportagem confirmar esse dado
com o TJRN, contudo, observa-se que a partir daquele mês, o número de
audiências de custódia aumentaram sucessivamente ao longo do ano. Em março e
abril foram realizadas 1.127 audiências, com 539 detidos postos em liberdade e
586 mantidos, além de duas prisões domiciliares. Houve 56 relatos de tortura
e/ou maus tratos.
O
soldado PM Carlos Cortez, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da
Polícia Militar (ACSPM/RN), reforça que liberar presos nas audiências é algo
que vai de encontro ao desejo da sociedade que pede punição aos que cometem
crimes. “Os presos liberados em decorrência da audiência de custódia trazem uma
sobrecarga ao sistema de segurança pública, pois sabemos que na maior parte dos
casos de crimes como roubo e furto, os criminosos voltam a cometer e geram mais
trabalho para os operadores de segurança pública”, disse ele.
Para
os membros da polícia que estão nas ruas, o sentimento é de frustração, segundo
conta. “Todo o esforço empreendido parece irrelevante, haja visto que os
criminosos voltam para as ruas, o que gera um sentimento desmotivador de que a
agente de segurança pública está enxugando gelo, em total de sensação de
impotência”, afirma.
Para
o defensor público Sidney de Castro, que coordena o Núcleo de Assistência aos
Presos Provisórios e seus familiares (NUAP), não há dados empíricos indicando
que as audiências de custódia aumentaram o número de crimes ou a recidiva dos
suspeitos. “Empiricamente não há nenhum dado técnico sobre isso. As audiências
não mudaram a sistemática de decisão judicial sobre a crime. O que acontece é a
visão do magistrado sobre as particularidades. Não acredito que essas críticas
tenham consistência ou que as audiências dificultam o trabalho policial”, diz
ele.
A
maior parte dos crimes que chegam às audiências é de roubo, furto, tráfico e
violência doméstica. “Desses, no que tem violência e ameaça, no caso do roubo,
dificilmente a pessoa é solta. Além disso, o juiz tem que decidir com o que tem
nos autos”, reforça o defensor.
Violência doméstica
Em
casos de violência doméstica, os critérios observados precisam estar de acordo
também com Lei Maria da Penha. Segundo divulgou o TJRN, as audiências de
custódia desse tipo de crime deram um salto de 75% em 2023 em Natal e mais 29
cidades do estado, em comparação com o ano anterior.
Fonte CNJ
GOVERNO DO RN PÚBLICA NOVA EDIÇÃO DOS BOLETINS DO SETOR ENERGÉTICO POTIGUAR
De
acordo com o estudo realizado pela Coordenadoria de Desenvolvimento Energético,
a matriz elétrica do Estado é composta predominantemente por fontes renováveis,
que correspondem a 98% do total de recursos energéticos. Apenas 2% é
proveniente de fontes não renováveis.
Além
disso, o Rio Grande do Norte apresenta um perfil bem diversificado de produção
de energias. Ao todo, o estado conta com 681 empreendimentos comercializados e
outorgados. A fonte eólica lidera, com 385 usinas no total, o que representa
56,5% dos empreendimentos com potência outorgada no estado.
Em
segundo lugar está a energia solar, de acordo com o estudo, com 259
empreendimentos, representando 38% da matriz. Ainda no setor renovável, o
informativo registra dois empreendimentos de biomassa e um empreendimento
hídrico. Além disso, há ainda 34 usinas de energia fóssil, uma fonte não
renovável de energia.
A
produção energética ocupa boa parte do território potiguar, de acordo com o
informativo. Em 2023, o município de Assu somou o maior número de
empreendimentos com potência outorgada, com um total de 90 usinas. Em segundo
lugar, com 54 empreendimentos, está o município de Serra do Mel.
Em
termos de investimentos no Rio Grande do Norte, as energias renováveis
representaram R$ 22,5 bilhões em 2023. Deste total, a energia solar somou R$
17,1 bilhões e a eólica ficou com R$ 5,4 bilhões.
Crescimento da energia solar
O
relatório elaborado pela Sedec aponta para um crescimento expressivo da energia
solar em todo o estado. No período entre 2021 e 2023, houve aumento 333% no
total de projetos fotovoltaicos outorgados.
Um
dos destaques do setor de energia fotovoltaica deste ano é o segmento de
geração distribuída — quando a energia elétrica é gerada no local do consumo ou
em outro local desde que na mesma área de concessão da distribuidora. Em 2023,
a geração distribuída foi responsável pelo incremento de 18.353 novos sistemas
de placas fotovoltaica conectados à rede elétrica da distribuidora de energia
do estado.
O
relatório mostra que a classe de consumo com o maior número de projetos é a
residencial, a qual concentrou 83% de todos os sistemas instalados no ano
passado.
Produção de petróleo e gás
natural
A
Sedec também divulgou dados sobre a produção onshore (em terra) de petróleo e
gás. Em 2023, a produção anual foi de 9,9 milhões de barris de petróleo
(bbl/ano) e de 311.126 milímetros cúbicos de gás (Mm³/ano).
Em
relação à produção de gás natural onshore, o levantamento observou aumento de
72% em um período de 8 anos, com um adicional de 11% entre 2022 e 2023. Os
campos onshore mais produtivos em 2023 foram Canto do Amaro (21%), Estreito
(16%), Alto do Rodrigues (8%), e Salina Cristal (6%).
No
entanto, a produção de petróleo acumulada (onshore e offshore) registrou
redução de 9% em 2023, ao se comparar com 2022. Quanto ao gás natural, houve
uma redução de 9% ao longo dos últimos 8 anos, exceto em 2023, que apresentou
um aumento de 5% na produção.
Um
fator relevante para a redução, de acordo com o levantamento, foi o processo de
desinvestimento da Petrobras na produção de petróleo e gás no estado. Até 2016,
a empresa detinha 97% da produção de petróleo. Ao final de 2023 a Petrobras
representava apenas 20% do setor.
O
boletim aponta para a chegada de produtores independentes, hoje são oito
empresas atuando no Rio Grande do Norte. A 3R Petroleum representa 43,83% da
produção onshore de petróleo, seguida pela Potiguar E&P S.A., que detém
34,46%. A seguir, a Mandacaru Energia, a Níon Energia e a Phoenix Óleo &
Gás contam com 0.99%, 0.49% e 0.11%, respectivamente. Petrosynergy,
Petro-Victory, e Imetame também desempenharam de exploração.
Ainda
segundo o informativo energético, a empresa 3R Petroleum — companhia que
adquiriu o Polo Potiguar em 2023 — responde hoje por 93% da produção offshore
(no mar) de petróleo e 13% da produção de gás natural. Em 2023, a participação
da empresa na produção offshore apresentou alta 35% em relação a 2020.
O
informativo também sinaliza para a reinserção da Petrobras no estado através da
prospecção de novas áreas em águas profundas denominada de “Margem Equatorial”.
De acordo com informações da companhia, os investimentos na área de exploração
entre o Rio Grande do Norte e o estado do Amazonas deve receber até 1,09 bilhão
de dólares este ano, o equivalente a R$ 5,44 bilhões na cotação atual.
TERCEIRIZADOS DO GOVERNO AVALIAM PARALISAÇÃO POR ATRASOS NO SALÁRIOS
Em razão dos atrasos nos repasses, o Sindlimp paralisou o serviço no
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) nesta semana e
planeja outras ações nos demais órgãos onde atuam os trabalhadores. Os atrasos
atingem órgãos como Idema, UERN, entre outros. Para o presidente do Sindlimp,
Fernando Lucena, a situação dos terceirizados é difícil, pois, em sua maioria,
são trabalhadores que recebem um salário mínimo e que que atuam como ASGs,
garis, auxiliares de limpeza ou de cozinha, motoristas, vigilantes e pintores,
por exemplo. Os atrasos interferem nas contas das famílias e leva os
trabalhadores a passar necessidade.
No modelo de contratação terceirizada, o Governo do RN tem que repassar os
recursos para que as empresas façam os pagamentos aos contratados, mas os
atrasos nos repasses dos recursos têm sido recorrentes, diz o Sindlimp, o que
provoca um desequilíbrio nas contas dos terceirizados. “O terceirizado hoje é
quem carrega nas costas o Estado e o tratamento que a gente recebe é esse? O
trabalhador está passando fome”, diz Fernando Lucena, presidente do Sindlimp.
Visando resolver os constantes atrasos, Lucena afirma que um acordo foi feito
entre Sindlimp; Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana
Pública e Privada (Seac-RN); empresas de terceirização; e Governo do Estado. No
encontro, que ocorreu no fim do ano passado, ficou acertado que as empresas arcariam
com os débitos em atraso, e que o Governo incluiria o repasse às empresas
terceirizadoras no calendário do funcionalismo público, a partir de 15 de
fevereiro. Em resumo, os terceirizados seriam pagos junto com a folha regular
dos servidores públicos, evitando assim novos atrasos.
“No acordo, a governadora determinou que o terceirizado será considerado folha
do Estado. Então não haverá mais atraso, agora as empresas teriam que bancar
isso. Como não estamos recebendo, nós estamos paralisando Idema hoje, em
seguida vamos parar CBTU [Companhia Brasileira de Trens Urbanos] e só
voltaremos com o pagamento em dia. Não é justo que o Estado pague os seus
funcionários e os terceirizados fiquem morrendo de fome”, diz Fernando Lucena.
A empresa Justiz Terceirização explicou, em nota, que não possui atraso
de pagamentos aos seus colaboradores. “A Justiz Terceirização, que possui
contratos de serviços de limpeza citada na matéria “Terceirizadas do Governo
avaliam paralisação por atraso de salários”, esclarece que não há atraso de
pagamento aos seus colaboradores e muito menos a indicação de interrupção dos
referidos serviços”.
Em nota enviada à TRIBUNA DO NORTE, a CBTU esclareceu que a companhia é
um órgão do Governo Federal, vinculado ao Ministério das Cidades e, portanto,
os repasses às empresas prestadoras de serviços citadas pelo Sindlimp são
feitos via Governo Federal.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou contato com o secretário da Fazenda
Carlos Eduardo Xavier para confirmar o acordo e questionar sobre as perspectivas
de pagamento, prazos e o porquê dos atrasos, mas não obteve resposta até o fim
da edição.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) informou que
está averiguando a situação. A empresa JMT se comprometeu em enviar retorno
sobre a situação, mas os esclarecimentos não chegaram até o fechamento desta
edição. A reportagem não conseguiu contato com a Clarear Serviços. O espaço
permanece aberto.
Fernando Lucena ressalta que os trabalhadores só voltarão ao serviço após o
pagamento dos salários e que a ideia é estender a manifestação para outros
órgãos. “A gente só vai voltar com o dinheiro porque o trabalhador precisa
comer, precisa colocar o pão na mesa. É uma situação muito difícil. Paramos
Idema e depois a ideia é parar CBTU, UERN, e por aí vai. Se a gente não receber
não vai voltar, até porque o trabalhador não tem como se manter, está passando
fome”, frisa.
27 janeiro 2024
BOMBA: DIASSIS GUEGUÉ PODE ESTÁ COTADO PARA UMA PRÉ CANDIDATURA AO LEGISLATIVO NAS ELEIÇÕES 2024
Informações que
chegam até a nossa redação, é que a rumores que diassis de manoel guegué pode
está cotado para disputar a cadeira da câmara municipal de Itajá nas eleições
2024.
O que se sabe até
o momento, é que começou os comentários que de que diassis que é irmão de dois ex-vereadores
de Itajá Francisca e Canindé, pode ser o próximo……
Mais uma
informação na novela política de Itajá, aguarde os próximos capítulos….
PRF APREENDE 700KG DE ATUM TRANSPORTADOS DE FORMA IRREGULAR NO RN
A Polícia Rodoviária Federal apreendeu, na manhã desta
quinta-feira (25), 700kg de atum que estavam sendo transportados de forma
irregular no Rio Grande do Norte. A apreensão aconteceu durante fiscalização no
km 104 da BR-406, no município de João Câmara.
O pescado estava armazenado na carroçaria de
uma picape e, de acordo com os policiais, estava impróprio para o consumo.
A carga foi apreendida e encaminhada ao
Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (IDIARN) que realizou o descarte no
aterro sanitário de Ceará-Mirim.
Transporte próprio
De acordo com o Instituto de
Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), o transporte de produtos de
origem animal dentro do território nacional deve ser feito em carro específico,
refrigerado, que mantém a temperatura de conservação do produto, seja ele
refrigerado ou congelado.
"No caso de pescado, ele deveria estar em caixas
específicas para o transporte de pescado. Essas caixas são em plástico atóxico,
na cor branca ou azul claro, e será transportada em ambiente isotérmico, seja
um veículo com câmara refrigerada ou em caixas térmicas com gelo que também
mantenham essa temperatura do local da pesca até a unidade de beneficiamento e,
depois, pro comércio", explicou Renato Dias, Diretor de Defesa e Inspeção
Sanitária Animal do Idiarn.
MOTOENTREGADOR POR APLICATIVO FOGE COM PACOTE DE R$ 3 MIL APÓS CANCELAR CORRIDA EM NATAL, DENUNCIA CLIENTE
Um
motoentregador chamado por meio de um aplicativo encerrou uma corrida antes da
hora e fugiu com um pacote com R$ 3 mil enviado por uma empresária para a sócia
dela, em Natal. A denúncia foi registrada pelas vítimas na noite
desta quinta-feira (25) na Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal.
Segundo a Polícia Civil, o caso
aconteceu por volta das 19h. As vítimas relataram aos agentes que não
conseguiram realizar uma transferência através do Pix e, por isso, uma enviou o
valor para a outra, pelo serviço de moto por aplicativo.
O motoentregador saiu de uma hotel na
Via Costeira e deveria levar o pacote até um endereço na Ribeira, Zona Leste da
capital potiguar. No entanto, chegando perto do local de destino, ele encerrou
a corrida e desapareceu.
Ainda segundo a Polícia Civil, as
mulheres levaram prints da tela do celular, com a placa da moto e identificação
do motociclista para a delegacia, com a esperança de localizar o suspeito. No
entanto, descobriram que a placa da moto seria clonada.
O proprietário da moto com a placa
informada foi localizado pela polícia e o veículo ficou retido na delegacia
para passar por perícia. No entanto, o homem provou à polícia que é auxiliar de
serviços gerais e estava no trabalho, no momento do crime.
Em nota, a plataforma Uber considerou
que os relatos sobre o caso "apresentam contradições que só poderão ser
elucidadas pelas investigações" e informou que a plataforma está à
disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei.
"Caso um item tenha sido
extraviado e o usuário acredite que foi objeto de furto ou apropriação indébita
pelo parceiro, a Uber encoraja que, além da denúncia no aplicativo, seja feito
um boletim de ocorrência para que as autoridades competentes possam investigar
o ocorrido", diz a nota.
A empresa ainda informou que no tipo
de serviço de entrega "não é permitido enviar itens de valor ou cujo
transporte seja proibido por lei ou pelas regras da categoria. Itens essenciais
e/ou com valor superior a R$ 500 não podem ser transportados, de acordo com os
termos de uso da modalidade de serviço".
70 ANIMAIS MARINHOS MORREM ENCALHADOS NO RN EM UM MÊS, MAIOR REGISTRO NO LITORAL ORIENTAL DO ESTADO EM 25 ANOS
Pelo
menos 70 animais marinhos - entre tartarugas e golfinhos - morreram após serem
encontrados encalhados no litoral do Rio Grande do Norte entre o fim de
dezembro e este mês de janeiro.
Esse registro é o maior em 25 anos no
chamado litoral oriental do estado, de acordo com o
projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do RN (UERN), que
monitora as praias potiguares desde 1998.
O litoral oriental abrange uma faixa
costeira que vai do município de Baía Formosa ao município de Caiçara do Norte.
Os dados foram divulgados nesta
quarta-feira (24) e mostram um recorte que começou a ser contabilizado no dia
24 de dezembro de 2023, quando animais mortos começaram a aparecer em maior número na
costa do estado.
Ao todo, neste período, foram encontrados
72 animais marinhos encalhados, sendo:
- 63 tartarugas marinhas; e
- 9 golfinhos.
Desse total, duas tartarugas
sobreviveram.
"É um número que supera, e muito, todos os nossos
registros de 25 anos de estudos que a UERN realiza no litoral do Rio Grande do
Norte", disse o biólogo Flávio Lima, coordenador do projeto Cetáceos.
O professor relatou que o projeto
chegou a atender, em um único dia, cinco animais encalhados em praias do
estado.
Animais mais próximos
da costa e mais gente nas praias
Para o biólogo Flávio Lima, entre os fatores que contribuem
para o aumento no número de casos neste período do ano estão a aproximação de
algumas espécies da costa e o maior número de banhistas nas praias.
"Nessa
época do ano nós temos de fato um período em que alguns animais, como as
tartarugas marinhas, se aproximam mais da costa, mais das praias, para
reprodução", explicou.
RN COMEÇA 2024 COM MAIOR VOLUME DE ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS EM 12 ANOS, DIZ IGARN
O Rio
Grande do Norte começou o ano de 2024 com o melhor volume de água desde 2012,
de acordo com o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn).
O último relatório dos principais
reservatórios do estado, divulgado nesta quinta-feira (25), indica que o total
acumulado nas reservas hídricas superficiais é de 2,215 bilhões de metros cúbicos, ou seja, 50,74% da capacidade total potiguar, que é de 4,367
bilhões de m³.
No mesmo período de 2023, o volume
acumulado era de 1,910 bilhão de m³, correspondentes a 44,17% da capacidade
total do estado.
Reservatórios
Atualmente a barragem Armando Ribeiro
Gonçalves, maior reservatório do RN, localizada no Rio Piranhas-Assu, entre os municípios de Assu, Itajá e São Rafael, acumula 1,261 bilhão de m³,
equivalentes a 53,17% da sua capacidade total, que
é de 2,373 bilhões de m³. No dia 25 de janeiro de 2023, o manancial estava com
1,224 bilhão de m³, 51,60% da sua capacidade total.
Já a barragem Santa Cruz do Apodi, segundo maior manancial do estado, acumula 349,47 milhões de m³, correspondentes a 58,27% da sua capacidade total, que é de 599,71 milhões
de m³. No mesmo período de 2023, o reservatório estava com 225,34 milhões de
m³, equivalentes a 37,57% da sua capacidade total.
Localizada em Upanema, a barragem Umari acumula 223,80 milhões de m³, 76,43% da sua capacidade total,
que é de 292,81 milhões de m³. No mesmo período do ano passado, o reservatório
estava com 168,16 milhões de m³, correspondentes a 57,43% da sua capacidade
total.
A barragem de Pau dos Ferros acumula 38,35 milhões de m³, equivalentes a 69,92% da sua capacidade total, que é de 54,85 milhões
de m³. No final de janeiro de 2023, o manancial estava com 36,75 milhões de m³,
correspondentes a 67% da sua capacidade total.
A barragem de Poço Branco acumula 35,61 milhões de m³, percentualmente, 26,18% da sua capacidade total, que é de 136 milhões de
m³. No mesmo período do ano passado, o reservatório estava com 31,83 milhões de
m³, equivalentes a 23,40% da sua capacidade total.
A barragem Marechal Dutra, conhecida
como Gargalheiras, em Acari, acumula 710 mil metros cúbicos,
correspondentes a 1,60% da sua capacidade total, que
é de 44,42 milhões de m³. No mesmo período de janeiro do ano passado, o
manancial estava com 2,11 milhões de m³, 4,75% da sua capacidade total.
O açude Boqueirão de Parelhas acumula 5,35 milhões de m³,
correspondentes a 6,31% da sua capacidade total, que
é de 84,79 milhões de m³. No mesmo período do ano passado o reservatório estava
com 5,28 milhões de m³, equivalentes a 6,23% da sua capacidade total.
O açude Trairi, localizado em Tangará, acumula 7,76 milhões de m³,
equivalentes a 22,03% da sua capacidade total, que é de 35,23 milhões de m³. No
mesmo período de 2023, o manancial estava seco.
O Açude Dourado, localizado em Currais Novos, acumula 190 mil
m³, 1,84% da sua capacidade total, que
é de 10,32 milhões de m³. No mesmo período do ano passado, o manancial estava
com 300 mil m³, 3% da sua capacidade total.
PREÇO DO LITRO DE GASOLINA AUMENTA R$ 0,15 NA REFINARIA DO RN
A 3R Petroleum, empresa que
administra a refinaria Clara Camarão, na Costa Branca potiguar, anunciou na
última quarta-feira (24) um aumento de R$ 0,15 no litro da gasolina. O reajuste
deve ser repassado aos postos e chegar às bombas ainda esta semana.
De acordo com uma pesquisa divulgada
na última semana pelo Procon Natal, o litro da gasolina estava sendo vendido na
capital potiguar a, em média, R$ 5,85. Com o aumento de R$ 0,15 previsto, o valor pode chegar a R$ 6 em alguns postos da cidade.
O preço do combustível sofre ação
direta do aumento ou da redução do preço do petróleo em dólar, que é comprado
na Europa ou nos Estados Unidos. Deixar de repassar os preços ao consumidor,
segundo os especialistas, é praticamente impossível.
"O Brasil tem várias refinarias
privadas, como a 3R, e tem também a Petrobras, que tem várias refinarias no
país. Essas refinarias privadas, apesar de as vezes comprarem na Petrobras ou
importarem seu próprio petróleo, elas pagam em dólar e a preço de
mercado/dia", explicou o analista do mercado de combustíveis Nélio
Wanderley.
"Na semana passada, o petróleo
da Europa subiu U$ 5. Ele saiu de U$ 75 para U$ 80. E o dólar saiu de U$ 4,85
para U$ 5. Essa junção de fatores impactou em um preço alto essa semana, e as
refinarias privadas reajustam toda quarta-feira com o impacto a partir de
quinta. Isso é justo, é legal e tem que ser feito, se não elas não têm o
resultado financeiro do seu negócio", continuou.
Quando os preços dos combustíveis
aumentam, não tem jeito. Quem abastece todos os dias sente no bolso a diferença
que cada centavo faz.
"Eu fui tentar ser motociclista
por aplicativo, mas as viagens muito baratas e a moto não compensa. O cara
passa o dia todinho e não consegue fazer R$ 70. E no carro, pra você fazer R$
100, você gasta R$ 200 de combustível. É difícil. Eu rodo 12 horas todo dia. As
pernas não aguentam, e o bolso, pior", contou um motorista por aplicativo.
Em nota, a 3R informou que
"necessita importar gasolina, de forma a não desabastecer os postos do
estado, uma vez que a Refinaria Clara Camarão não detém capacidade para
produzi-lo".
A companhia disse que adquire o
combustível no mercado, com preço de referência internacional, que é sensível a
flutuações do dólar, "a variações do Brent" e a custos logísticos
incidentes até a chegada do produto aos postos.
"Portanto, o preço encontrado
pelo consumidor nas bombas reflete toda uma cadeia de produção inescapavelmente
conectada às cadeias globais de valor em que a Companhia está inserida",
afirmou a nota.