COMPARTILHE

04 fevereiro 2024

SUSPENSÃO DA PESCA DO ATUM REDUZ EM ATÉ 30% AS RECEITAS DO SETOR

REDAÇÃO ITAJÁ TV

A proibição da pesca da principal espécie do atum, que durou cerca de 15 dias, causou um prejuízo de aproximadamente 30% nas receitas ao setor da pesca do Rio Grande do Norte, avalia o Sindicato da Indústria de Pesca do Rio Grande do Norte (Sindipesca-RN). A suspensão que acabou em 31 de dezembro afetou empresas, que precisaram dar férias coletivas aos funcionários, de acordo com Arimar Filho, vice-presidente do sindicato. Cerca de 1,5 mil trabalhadores foram afetados. Ainda segundo perspectivas da entidade, as empresas esperam recuperar parte das perdas ao longo deste ano.


Representantes do setor falam em um prejuízo que pode chegar até R$ 30 milhões. Isso porque, Rio Grande do Norte e Ceará são os principais produtores do País, de acordo com o Governo Federal. “O prejuízo foi grande, muito grande mesmo nas empresas”, diz Arimar Filho. “As empresas tiveram uma perda que pode chegar até 30% da receita líquida anual e para o setor em geral a conta é próxima disso também, porque era um mês de boa produção e ótimos preços”, destaca.


A proibição, que vigorou entre 15 e 31 de dezembro, foi uma decisão do Governo Federal, por meio dos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente. Geraldo Venâncio, que é vendedor de peixes nas feiras de Nova Esperança, Nova Natal e Carrasco, diz que o atum sumiu das bancas. “Faz mais ou menos uns quatro meses que eu não vendo, está muito difícil. Atum é um peixe muito bom, o pessoal gosta muito e procura bastante. Eu também gosto muito, mas faz tempo que eu não como nem vendo. Essa proibição também prejudicou um pouco o trabalhador”, conta.


No Mercado do Peixe e arredores, o atum vermelho, como é chamado a espécie albacora-bandolim (thunnus obesus) ainda não é encontrado nas bancas, apesar da pesca ter retornado. De acordo com vendedores, apenas o atum branco pode ser encontrado pelos clientes neste período. “É uma perda que a gente espera recuperar a longo prazo porque agora que os barcos estão voltando [das pescas] e o mercado realmente está muito retraído. A gente encontra com muito dificuldade no comércio. Voltamos agora, mas a recuperação do setor como um todo será muito lenta”, frisa o representante do Sindipesca-RN.


Segundo o Sindipesca, a pesca de atum movimenta cerca de R$400 milhões por ano, gerando aproximadamente R$3 bilhões em produtos acabados. Os meses de janeiro e fevereiro representam grande lucro no setor, segundo informou a entidade.

Regras internacionais
A pesca do atum, especialmente da espécie albacora-bandolim, segue regras internacionais devido ao caráter migratório dos peixes, que buscam alimentos em correntes marítimas e percorrem outros continentes através das águas do oceano Atlântico. A Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT, na sigla em inglês), composta por 55 países e 25 observadores, estabelece normas para a pesca, definindo que pode fazer a captura, em que período do ano, em que locais, com que métodos e na quantidade preestabelecida.


Para a espécie de atum albacora-bandolim, que tem aproximadamente 90% no Brasil de sua pesca por embarcações da região Nordeste, ao ICCAT definiu o limite de 5.440 toneladas para todo o país no ano de 2023. A quantidade é rateada entre as cinco modalidades de pesca (cardume associado, espinhel horizontal de superfície, espinhel de Itaipava, linha/vara – com isca viva e cerco). O ano de 2023 foi o primeiro em que ocorreu essa divisão de cotas.


O monitoramento é feito pelas próprias empresas de pesca, que repassam as informações para alimentar o banco de dados e também para dar subsídios científicos relacionados aos estudos sobre o comportamento de correntes e espécies de peixes. Ao atingir 95% da cota, o Governo Federal determinou a suspensão. Porém, o mês de dezembro é considerado o principal para o setor, tanto na disponibilidade dos peixes quanto na demanda e preços praticados no mercado internacional. Por isso, o setor criticou a suspensão neste momento e criticou a decisão do Governo Federal porque, no entendimento do sindicato, poderia haver compensação da cota em 2024.


De acordo com a secretária de Registro, Monitoramento e Pesquisa do Ministério da Pesca, Flávia Lucena, o Brasil já se comprometeu a pagar dívidas passadas, acumuladas nos últimos três anos (o Brasil ultrapassa sistematicamente as cotas nos últimos três anos – 2020 a 2022). Este pagamento se dará em 5 anos (2024 -2028) e já está registrado na ICCAT, mas o Brasil se comprometeu a não ultrapassar mais as cotas, garantindo o monitoramento da pesca nos próximos anos”, aponta.


Uma planilha apresentada pela secretária mostra que ficou acordado, entre 2024-2028, o pagamento de 1.587,34 toneladas de Atum Albacora-Bandolim, sendo 355.341 toneladas já em 2024 e 308 toneladas/ano entre 2025 a 2028.

Números

1,5 mil

trabalhadores foram afetados com a suspensão da pesca do atum vermelho entre os dias 15
e 31 de dezembro de 2023

R$ 30 milhões é o prejuízo estimado pelos representantes do setor da pesca no Rio Grande do Norte com a parada forçada.


Com informações Tribuna do Norte 


REDE ESTADUAL DO RN É A ÚLTIMA DO NORDESTE A INICIAR AS AULAS EM 2024

REDAÇÃO ITAJÁ TV

A rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte será a última a iniciar as aulas do ano letivo de 2024 no Nordeste. Os estudantes só devem voltar às salas de aulas no dia 04 de março, enquanto outros estados nordestinos, como Ceará e Pernambuco, já iniciam as atividades nesta segunda-feira (05). A Secretaria Estadual de Educação (SEEC) aponta que o “atraso” no calendário é devido à greve dos professores realizada no ano passado para implantação do reajuste no piso salarial. Contudo, outros estados nordestinos também tiveram greves e ainda assim irão retomar as aulas antes do RN. Especialista aponta que o “atraso” prejudica os alunos.


A greve dos professores da rede estadual de ensino durou pouco mais de um mês em 2023. Segundo a Secretaria, isso fará com que as aulas só sejam iniciadas em 04 de março de 2024, com previsão de término no dia 23 de dezembro. De acordo com a Secretaria de Educação (SEEC-RN), não seria possível iniciar o ano letivo mais cedo em 2024, uma vez que algumas escolas só terminaram as aulas de 2023 no final de janeiro deste ano.

Este não é o caso de outros estados nordestinos. O Maranhão, por exemplo, teve mais de um mês de greve de professores, também ocasionada pela luta em busca do reajuste no piso salarial. Os professores paralisaram as atividades no dia 27 de fevereiro e finalizaram no dia 30 de março. O estado da Bahia teve 11 dias de greve. Em Alagoas, foram 14 dias. Ainda assim, Maranhão, Bahia e Alagoas iniciam o ano letivo nos dias 19 de fevereiro, nos dois primeiros estados, e 15 de fevereiro, no caso de Alagoas. Duas semanas antes que o RN.

Pesquisa feita pela TRIBUNA nos calendários de ensino mostra que os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí serão os primeiros a iniciarem as aulas na rede estadual, com aulas já previstas para esta segunda-feira (05). Já os outros estados, como Paraíba, Sergipe e Alagoas iniciarão os trabalhos dia 15, com Maranhão e Bahia começando as aulas dia 19 de fevereiro. Já com relação ao término das aulas, Sergipe, Bahia, Alagoas e Paraíba terminarão as aulas antes do dia 20 de dezembro.

A subcoordenadora de Organização e Inspeção Escolar da SEEC-RN, Vanda Pereira, explica ainda que algumas escolas do Rio Grande do Norte, por terem aderido à greve no ano passado, terminaram o ano letivo somente no final de janeiro, sendo necessário período de férias para os docentes. Aquelas que não aderiram, no entanto, terminaram o ano letivo no dia 20 de dezembro. Ela aponta que seria inviável iniciar o ano letivo com datas diferentes para quem aderiu ou não a greve.

“Tivemos 26 dias (letivos) de greve e tínhamos que repor esse período. Começamos a reposição no meio do ano, quando já diminuímos o recesso, e tivemos que nos estender, algumas escolas, até o dia 22 de janeiro de 2024. Como somos uma rede, não tem como escola que não fez greve começar determinado dia de fevereiro e a que fez greve começar só em março. O calendário é feito para a rede estadual, infelizmente temos essa especificidade exatamente por conta da greve e começaremos o ano letivo de 2024 no dia 04 de março, tendo ainda nove sábados letivos. Não tinha como ser diferente”, explica Vanda Pereira, sobre a decisão de iniciar as aulas somente no dia 04 de março.

Segundo a Lei 9.394/1996, conhecida como lei de Diretrizes Básicas da Educação, a carga horária mínima anual é de 200 dias letivos no ano, “excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver”. O RN irá cumprira carga horária mínima, mesmo começando em março.

“Não vejo tanto prejuízo porque como a própria LDB preceitua, são obrigatórios 200 dias letivos. O calendário contempla isso. Não tem para onde corrermos. Se começamos tarde, consequentemente terminaremos um pouco mais tarde. Em 2023 o término foi dia 20 de dezembro. Em 2024, vamos além só de três dias. Não vai interferir no Enem, porque está dentro do contexto. O Enem sempre acontece no período das aulas, sempre foi assim”, aponta.

Greve
A greve dos professores da rede estadual de ensino começou no dia 07 de março do ano passado e se encerrou no dia 12 de abril após diálogo com o Governo do Rio Grande do Norte. A principal demanda da categoria era a implantação do reajuste de 14,95% no Piso Nacional do Magistério. Na época, foi decidida a aplicação de reajuste de 14,95% em abril (em folha suplementar) para os professores que ganhavam abaixo do Piso, retroativo a janeiro, com parcelamento para o restante dos servidores.

“O encerramento de 2023 em janeiro se estendeu excepcionalmente por conta da greve, que não é culpa da categoria, e sim do Governo que não atendeu as expectativas de reajuste. Como fizemos movimento com ritmo próprio e prazos, com 36 dias seguidos, a greve acrescentou ao calendário. Depois da greve temos direito a um mês de férias, então precisávamos finalizar o ano letivo para ter as férias. Isso atrapalha o ano letivo, que começa mais tarde, mas é uma consequência dessa necessidade de repor as aulas e garantir os 200 dias letivos”, analisa Bruno Vital, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN).

“A SEEC precisa começar o ano letivo igual. Não tem como o Estado ter uma rede única e ter dois anos letivos diferentes. Não tem condição disso, não há operacionalidade, seria um caos, principalmente para os profissionais. Por exemplo: há professores que atuam em duas escolas, mas que só teve greve em uma. Existe esse tipo de situação. Seria uma situação caótica”, acrescenta Bruno Vital, representante do Sinte.

Sábados letivos
A rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte terá nove sábados letivos durante 2024, segundo consta no calendário oficial letivo da rede. Segundo a SEEC-RN, a dinâmica já é uma prática normalizada na rede estadual.

“Sempre existiu sábado letivo. Tenho 38 anos de rede estadual e como professora e gestora sempre tivemos sábados letivos. Nem todos os alunos vão, mas a gente faz programação e aula diferente porque a partir do momento que temos aluno e professor em sala de aula com um espaço para esse momento diferencial, isso é contado como aula letiva”, explica Vanda Pereira.

Segundo o calendário, os sábados letivos serão distribuídos entre os quatro bimestres do ano, com um sábado em abril, outro em maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, com novembro tendo dois sábados letivos e dezembro um.

Especialista vê “problemas” no calendário de 2024

A professora e Doutora em Educação, Cláudia Santa Rosa, aponta que o calendário divulgado pela SEEC possui “problemas” e avalia que o ideal seria começar no dia 4 de março apenas as escolas que pagaram a greve até janeiro e “planejar as matrículas para os casos diferenciados”.

“O RN vive mergulhado numa cultura perversa de fracasso escolar. A gestão pública não tem plano B, não se prepara para conviver com as greves de professores e organiza um calendário de matrículas que dispensa comentários. Tudo muito tardiamente. Nivelamos sempre por baixo. As escolas que não fizeram greve estão de férias desde o dia 22/12 e mesmo assim só podem iniciar o ano letivo dia 04/03. Fica impossível quebrarmos com esse ciclo de atraso educacional. Passamos alguns poucos anos iniciando as aulas em fevereiro. Agora, há um retrocesso inquestionável”, avalia a professora.

Ainda segundo a especialista em práticas pedagógicas exitosas, a preparação de alunos e professores também fica comprometida. “Quem faz o ENEM participa das provas, no início de novembro, sem ainda ter visto o conteúdo do quarto bimestre. E quando iniciamos o ano letivo, em março, quem está em aula desde o final de janeiro já se encontra em período de testes e até primeiras provas do ano. É muito atraso e sentimento de inferioridade”, aponta.

Para o professor da disciplina de Política Pública em Educação e com mestrado na área, Gustavo Fernandes, não há prejuízo nem diferença para os estudantes em começar o ano letivo em março.

“Eu particularmente não vejo problema em se iniciar em março, muito pelo contrário. Acredito que se existir um projeto específico para os meses de mês de janeiro e fevereiro pensando numa proposta pedagógica de planejamento, acho viável começar em março. Até porque janeiro é um mês de férias e fevereiro tem o Carnaval, acaba atrapalhando o ano letivo. Fica quebrado, professores viajam, alunos faltam”, aponta.

“Agora uma coisa que precisa acontecer é que os professores precisam entender que, por mais que o calendário letivo se inicie em março, em fevereiro eles já precisam voltar para a escola para estar à disposição e planejar junto com a gestão o ano letivo. Não só professores, mas toda a comunidade escolar”, acrescenta.

“O que precisa mudar é a prática cultural, porque acontece de boa parte dos professores entendendo fevereiro como uma extensão das férias, mas não é para acontecer. Já é para ser o retorno do professor”, aponta.

Calendário
Rio Grande do Norte
Início: 04/03
Fim: 23/12

Ceará
Início: 05/02
Fim: 20/12

Paraíba
Início: 15/02
Fim:19/12

Sergipe
Início: 15/02
Fim: 11/12

Alagoas
Início:15/02
Fim:19/12

Pernambuco
Início: 05/02
Fim: 20/12

Bahia
Início: 19/02
Fim: 18/12

Maranhão
Início: 19/02
Fim: 20/12

Piauí
Início: 05/02
Fim: Não divulgado


Com Informações Tribuna do Norte 


RN TEVE MAIS INVASÕES NO 1º ANO DE LULA QUE EM TODO GOVERNO BOLSONARO

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O ano de 2023 ficou marcado pelo retorno das invasões a propriedades públicas e privadas no campo e na cidade. No Rio Grande do Norte, foram, pelo menos, 8 invasões organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Isso significa que ,apenas no primeiro ano do Governo Lula, o RN teve mais invasões a propriedades que nos quatro anos do Governo Bolsonaro inteiro. Entre 2019 e 2022, foram apenas cinco invasões de terra, de acordo com dados da Pastoral da Terra. A Pastoral ainda não dispõe dos dados do ano de 2023 inteiro, contudo é possível contabilizar o número de invasões a partir das publicações do próprio movimento. O panorama se repete em todo o País, com 2023 sendo um ano de recorde de invasões, segundo a CNA. Além disso, outras três invasões, em área urbana, foram registradas.


A recente invasão ao prédio do antigo jornal Diário de Natal, na Avenida Deodoro da Fonseca e que hoje pertence à empresa Poti Incorporações, levantou o alerta sobre o problema que eventualmente tem ocorrido no Estado. No interior, têm se tornado mais frequentes as invasões do MST, como as que foram denunciadas nos últimos dias pela Associação do Distrito de Irrigação Baixo Açu (Diba) em áreas pertencentes ao patrimônio do Estado, no Distrito de Irrigação Baixo Açu/Perímetro Irrigado Oswaldo Amorim, nos municípios de Alto do Rodrigues e Afonso Bezerra. Ou seja, o ano de 2024 também começou com invasões de propriedades privadas.


Em 2023, foram realizadas invasões do MST em diversas localidades do estado, como às margens da Usina São Francisco, no município de Ceará-Mirim; a um terreno da prefeitura de Macaíba; e à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Natal.


Além disso, houve registros de invasões em áreas rurais públicas e privadas em municípios do interior, como em Carnaubais, Riachuelo, Ielmo Marinho e Mossoró. Um grupo independente também invadiu uma área do distrito industrial de São Gonçalo do Amarante.


Entre as reivindicações, são cobrados o assentamento de famílias e a desapropriação de terras. “O objetivo é de reivindicar o direito ao acesso à terra, moradia e dignidade humana, alertando os órgãos responsáveis para que realizem a desapropriação da área para fins de Reforma Agrária, assim como prevê a constituição brasileira, implementando a política de assentamentos em áreas improdutivas e que não cumprem sua função social”, explica o movimento.


Já as invasões urbanas cobram direito à moradia e estão espalhadas em várias localidades, especialmente na capital do estado. Em 2023, pelo menos duas novas ocorreram, sendo uma promovida por integrantes do Movimento de Mulheres Olga Benário no prédio da antiga faculdade de Economia, Contábeis e Atuariais da UFRN; e uma segunda invasão que fugiu do convencional e ocorreu num supermercado da zona Norte da capital.


Neste caso, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) reivindicava doações de alimentos do estabelecimento. Eles alegam que se tratava de uma ação da campanha “Natal sem fome e sem miséria”, que ocorre anualmente.


O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/RN) tem se posicionado condenando o ato de invasões a propriedades privadas. “A gente condena veemente a invasão de propriedade, seja ela pública ou privada. Então, a questão da invasão de terra, acho que viola o que a gente chama dos direitos fundamentais da propriedade”, declara o presidente da entidade, Sérgio Azevedo.


Ele destaca que não se trata de ser insensível às causas sociais, nem ao direito à moradia. “O Sinduscon e acho que as outras federações, a sociedade de uma forma geral, podem colaborar com o debate, mas quem tem a obrigação de dar moradia, o interesse social, tem que partir do poder público”, pontua Azevedo.


O empresário Ricardo Abreu, da Abreu Imóveis, diz que as invasões levam insegurança ao investidor. “Fica inseguro não só em Natal, mas Parnamirim também tem várias invasões de aproveitadores. Não são pessoas que não têm casa. São pessoas que veem um terreno e decidem invadir porque a justiça é lenta e não há uma punição. Se o Estado é conivente com isso, ofereça suas terras para essas pessoas”, declarou.


Procurado, o Governo do Estado não retornou à solicitação da reportagem sobre como tem atuado para enfrentar a problemática das invasões de propriedade.

MST fez 71 invasões em todo o País, diz a CNA

O auge das invasões do MST em 2023 ocorreu no mês de abril, durante o que foi denominado como a 26° Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que teve como lema: “Contra a Fome e a Escravidão: por Terra, Democracia e Meio Ambiente”, reafirmando a centralidade da luta pela terra no Brasil. Esse movimento se estendeu por todo o país, com a ocupação de propriedades rurais, resultando, na opinião da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em violência e insegurança para os proprietários dos terrenos invadidos.


Ao apresentar o balanço do setor em 2023 e as perspectivas para 2024, em dezembro passado, a CNA destacou que o cenário do setor agropecuário neste ano vai continuar sendo impactado por uma série de fatores, como as incertezas sobre o cumprimento da meta fiscal, aprovação da reforma tributária e o aumento da insegurança jurídica no campo provocada pelas invasões de terra.


“O produtor apesentou outros problemas que, teoricamente não deveríamos ter. E aí eu destaco a insegurança jurídica voltada às propriedades rurais que neste ano, até novembro, somam 71 invasões. O número é muito maior do que o que tivemos nos últimos quatro anos”, afirmou o diretor técnico da entidade, Bruno Lucchi.


Ao longo dos quatro anos que ele citou, que compreendem a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram 62 invasões de terras em todo o país. “É um problema, basicamente, que estava amenizado e voltou com mais força. Isso tirou o sossego de muitos produtores que, até mesmo na questão de investimentos, colocaram o pé no freio”, pontuou Bruno Lucchi.


O ato de invasão a uma propriedade privada, sob qualquer argumento, é crime previsto no Código Penal Brasileiro, nos artigos 161 e 202, que prevêem penas de um a três anos e multa. Já o artigo 184 da Constituição Federal diz que compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social.

Histórico
Sem Terra

Abril
1- MST invade parte das históricas terras do complexo açucareiro, localizado nas margens da Usina São Francisco, no município de Ceará-Mirim, região metropolitana de Natal, para 60 famílias.
2- Cerca de 300 militantes de diversas regiões do estado ocupam por um dia a sede do INCRA.
3- Cerca de 100 pessoas são realocadas do Acampamento Edivaldo Guerreiro, no município de Carnaubais, região oeste do estado para as margens da Fazenda Mulata, do grupo Del Monte.
4- 70 famílias da brigada Zumbi dos Palmares, do MST, invadiram área da prefeitura do município de Macaíba
5- MST invade área da fazenda Ubatuba, às margens da RN-093, no município de Riachuelo, com cerca de 100 famílias
6- Cerca de 230 famílias invadem terras das fazendas e Terra Nova, em Ielmo Marinho, que já teve uma parte desapropriada no ano de 2009.

Maio
7- 500 famílias do MST invadem área às margens da BR-405, localizada em Mossoró.

Agosto
8- MST, com 50 famílias, invade área de 900 hectares no município de Parazinho intitulando o acampamento de “Jesus Proverá”.

Urbanas

Junho
1- Grupo de 50 populares sem teto invadem área do Distrito Industrial de São Gonçalo do Amarante

Novembro
2- Integrantes do Movimento de Mulheres Olga Benário invadem prédio da antiga faculdade de Economia, Contábeis e Atuariais da UFRN

Dezembro
3- Mais de 300 militantes do MLB invadiram a loja do Carrefour, na zona Norte, em Natal pedindo doações.

Com Informações Tribuna do Norte 


03 fevereiro 2024

POLICIAL DA ROCAM É BALEADO DURANTE TROCA DE TIROS NA COMUNIDADE DO JAPÃO EM NATAL

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Um homem de 48 anos, morreu após sofrer um acidente no túnel da Romualdo Galvão no final da tarde deste sábado (3), após chocar a motocicleta que conduzia na mureta lateral do túnel.

O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) esteve no local para prestar os primeiros socorros, mas o homem não resistiu e morreu poucos instantes após o acidente.

De acordo com o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), não há informações sobre a causa da batida: se a vítima teria perdido o controle da motocicleta, ou se algum veículo havia encostado na moto.

Agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) interromperam o trânsito no local para aguardar a retirada do corpo pelo Itep. A Polícia Civil também esteve no local.


Portal da Tropical 


HOMEM MORRE APÓS SOFRER ACIDENTE NO TÚNEL DA ROMUALDO GALVÃO

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Um homem de 48 anos, morreu após sofrer um acidente no túnel da Romualdo Galvão no final da tarde deste sábado (3), após chocar a motocicleta que conduzia na mureta lateral do túnel.

O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) esteve no local para prestar os primeiros socorros, mas o homem não resistiu e morreu poucos instantes após o acidente.

De acordo com o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), não há informações sobre a causa da batida: se a vítima teria perdido o controle da motocicleta, ou se algum veículo havia encostado na moto.

Agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) interromperam o trânsito no local para aguardar a retirada do corpo pelo Itep. A Polícia Civil também esteve no local.


Ponta Negra News 


IBGE MOSTRA QUE O BRASIL TEM MAIS IGREJAS E TEMPLOS DO QUE ESCOLAS E HOSPITAIS

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado na sexta-feira (2), revelou que o Brasil tem mais templos ou outros tipos de estabelecimentos religiosos do que a soma de instituições de ensino e unidades de saúde. O levantamento foi baseado em dados do Censo 2022.

De acordo com a análise dos números, o País possuía 579,8 mil estabelecimentos religiosos em 2022, enquanto havia 264,4 mil de ensino e 247,5 mil de saúde. No Amazonas e em Rondônia, a proporção de estabelecimentos religiosos é o dobro da soma dos de ensino e saúde.

No Rio Grande do Norte, o levantamento mostrou que, em 2022, existiam 8.823 estabelecimentos religiosos no Estado.

Veja:

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

·         Saúde: 247.510

·         Ensino: 264.445

·         Religiosos: 579.798

ESTABELECIMENTOS POR ESTADO

·         Rondônia: 1.893 de ensino, 1.927 de saúde e 7.670 religiosos

·         Acre: 1.881 de ensino, 769 de saúde e 4.600 religiosos

·         Amazonas: 7.052 de ensino, 2.738 de saúde e 19.134 religiosos

·         Roraima: 1.055 de ensino, 839 de saúde e 2.150 religiosos

·         Pará: 14.150 ensino, 6.406 de saúde e 37.758 religiosos

·         Amapá: 1.112 de ensino, 796 de saúde e 3.178 religiosos

·         Tocantins: 2.351 de ensino, 1.865 de saúde e 5.151 religiosos

·         Maranhão: 14.444 de ensino, 6.280 de saúde e 25.374 religiosos

·         Piauí: 7.410 de ensino, 4.521 de saúde e 10.107 religiosos

·         Ceará: 13.850 de ensino, 8.388 de saúde e 24.556 religiosos

·         Rio Grande do Norte: 5.010 de ensino, 3.885 de saúde e 8.823 religiosos

·         Paraíba: 7.065 de ensino, 5.914 de de saúde e 13.536 religiosos

·         Pernambuco: 13.373 de ensino, 9.477 de saúde e 24.931 religiosos

·         Alagoas: 4.923 de ensino, 3.284 de saúde e 8.736 religiosos

·         Sergipe: 3.095 de ensino, 2.199 de saúde e 6.494 religiosos

·         Bahia: 28.315 de ensino, 16.347 de saúde e 52.939 religiosos

·         Minas Gerais: 24.184 de ensino, 32.966 de saúde e 59.281 religiosos

·         Espírito Santo: 4.561 de ensino, 4.672 de saúde e 15.694 religiosos

·         Rio de Janeiro: 16.499 de ensino, 15.402 de saúde e 55.222 religiosos

·         São Paulo: 40.746 de ensino, 56.993 de saúde e 83.938 religiosos

·         Paraná: 12.397 de ensino, 16.498 de saúde e 25.152 religiosos

·         Santa Catarina: 8.400 de ensino, 10.447 de saúde e 16.181 religiosos

·         Rio Grande do Sul: 13.695 de ensino, 16.467 de saúde e 26.300 religiosos

·         Mato Grosso do Sul: 2.648 de ensino, 3.709 de saúde e 8.156 religiosos

·         Mato Grosso: 4.284 de ensino, 4.570 de saúde e 10.329 religiosos

·         Goiás: 7.337 de ensino, 7.872 de saúde e 18.970 religiosos

·         Distrito Federal: 2.175 de ensino, 2.279 de saúde e 5.429 religiosos