05 fevereiro 2024

EMENDAS: 90% DOS RECURSOS VETADOS ERAM DE MINISTÉRIOS DO CENTRÃO

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Com os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Orçamento de 2024, ministérios comandados por nomes ligados ao Centrão tiveram corte de R$ 5 bilhões em emendas de comissão. O valor representa 89,2% dos R$ 5,6 bilhões em emendas vetados por Lula na última semana.

A ação desagradou parlamentares, que já falam em derrubada do veto durante sessão do Congresso Nacional. Entre os grupos insatisfeitos, está o Centrão, que tem 11 ministérios comandados por nomes filiados a partidos como MDB, PP, Republicanos, PSD e União Brasil.

O Ministério das Cidades lidera a lista das pastas do Centrão que sofreram cortes: o órgão comandado por Jader Filho (MDB) sofreu veto de R$ 1.783 bilhão destinado a emendas. Em seguida, aparece o Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, que teve R$ 1.718 bilhão em emendas cortadas. A pasta é chefiada por Waldez Góes (União Brasil).

Em terceiro lugar no ranking das pastas lideradas pelo Centrão, o Ministério do Turismo, de Celso Sabino (União), teve corte de R$ 950 milhões em emendas. Em seguida, está o Ministério do Esporte, com R$ 509 milhões em emendas vetados. O órgão é comandado por André Fufuca (PP).

Veja a lista completa:

Verbas cortadas no Orçamento de partidos comandados pelo Centrão

Negociações

Aprovado no Congresso em dezembro de 2023, sob relatoria do deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), o Orçamento previa a destinação de R$ 16,6 bilhões dos cofres públicos para emendas de comissão.

Após a publicação dos vetos de Lula, o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que o corte se deu pela “queda da inflação”. “Esse veto foi, unicamente, em decorrência de uma circunstância, que tanto governo quanto Congresso têm de celebrar: a queda da inflação”, destacou o parlamentar.

A justificativa, no entanto, não agradou os congressistas. Nos bastidores, a expectativa é de que o veto seja derrubado e, também, de que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), entre em campo para articular o diálogo entre os líderes partidários e o governo federal. O governo, no entanto, tenta negociar com os parlamentares.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu o veto do presidente Lula à Lei Orçamentária Anual (LOA) na última segunda-feira (29/1), depois de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Os R$ 5 bilhões do Orçamento precisava tirar de algum lugar. O veto vem poupar áreas importantes e, agora, vamos discutir com ministros, líderes”, afirmou Padilha a jornalistas depois do encontro.

O ministro também falou ser necessário ir “analisando a execução e reorganizando o orçamento” ao longo do ano, junto à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Tebet admitiu que o governo poderá rever o veto às emendas depois do Carnaval. Segundo a ministra, não é possível afirmar se a reposição, acordada com parlamentares, ocorrerá de fato.

“Só após o Carnaval eu acredito que vamos ter uma sinalização do que nós estamos falando em estimativa de receita para o ano de 2024”, disse no fim da semana passada.


Metrópoles 

 


PECS QUE MIRAM MINISTROS DO STF SERÃO PRIORIDADE DA OPOSIÇÃO EM 2024

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O ano legislativo de 2024 começa com um movimento da oposição para avançar em projetos que miram a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A articulação ocorre em meio à insatisfação de parlamentares, principalmente bolsonaristas, sobre os inquéritos da Suprema Corte contra deputados oposicionistas.

O discurso reforçado pelos parlamentares é o de que a oposição tem sido perseguida pelo STF. Como resposta, o grupo se mobiliza para pedir avanço na tramitação de uma série de projetos sobre o tema. Alguns dos textos, inclusive, têm apoio do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD).

É o caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 16/19, protocolada pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM). O texto é endossado por deputados de oposição, mas também tem apoio de governistas.

Outras PECs sobre o mesmo assunto também tramitam no Congresso, como a PEC nº 77/19, de Angelo Coronel (PSD-BA), e a de nº 51/23, de Flávio Arns (PSB-PR).

O texto de Valério propõe a limitação do mandato de ministros do STF a oito anos, permitida uma recondução. A regra válida atualmente prevê validade do mandato até o ministro completar 75 anos.

O texto também deve receber emendas para aumentar a idade mínima exigida para compor a Suprema Corte. A regra atual determina que cidadãos entre 35 e 70 anos possam ser indicados para compor uma das vagas do STF. A matéria tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e aguarda a designação de relator.

No fim de 2023, Pacheco afirmou que pretende evoluir o debate sobre o assunto. “Vamos dar a cadência devida na CCJ. Quero crer que, no começo do ano, a gente possa evoluir nesta PEC”, adiantou. O apoio do presidente do Senado é importante para que o texto avance e chegue ao plenário rapidamente.

Decisões monocráticas

Outro projeto de interesse da oposição é a PEC nº 8/23, que limita decisões monocráticas do STF. Na prática, o texto veda decisões proferidas por apenas um dos 11 ministros da Suprema Corte nos casos de suspensão de leis ou atos do presidente da República, do Senado, da Câmara e do Congresso Nacional.

Se aprovada, a PEC exigirá que as decisões sejam tomadas em colegiado, ou seja, por todos os ministros da Suprema Corte, exceto nos casos de pedidos formulados durante o recesso do Judiciário.

A matéria foi aprovada no Senado com endosso de Pacheco, e agora precisa ser analisada pela Câmara. Os deputados da oposição veem a tramitação do texto como prioridade, mas o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já se posicionou contra o texto. Para que a PEC seja pautada em plenário, é necessária a determinação do presidente da Câmara.

Foro privilegiado

Outros temas ligados à Suprema Corte também devem movimentar o ano do Legislativo. É o caso da PEC nº 333/17, que propõe a extinção do foro privilegiado para julgar deputados, senadores, ministros de Estado, governadores e outras autoridades.

A Constituição determina que essas autoridades sejam julgadas apenas por tribunais superiores, como o STF, diferentemente de cidadãos comuns, que devem ser submetidos à Justiça comum. A PEC, aprovada no Senado em 2017 e à espera de deliberação na Câmara, propõe acabar com a medida.

Na avaliação da oposição, o fim do foro pode reduzir o poder da Suprema Corte. Na última semana, o vice-líder da oposição no Senado, Eduardo Girão (Novo-CE), afirmou que o foro privilegiado é um “guarda-chuva de um mecanismo que protege poderosos no Brasil”. A declaração foi feita após operações da Polícia Federal, autorizadas pelo STF, contra parlamentares do Partido Liberal.

Entendimentos divergentes

No segundo semestre de 2023, parlamentares de oposição também reforçaram a defesa de projetos sobre as chamadas pautas de costume. O movimento surgiu logo após a Suprema Corte ter avançado em julgamentos sobre a posse e o porte de drogas e a criminalização do aborto.

Um dos projetos é a PEC nº 45/2023, de autoria do presidente Pacheco, que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas. O texto aguarda apreciação da CCJ do Senado, sob relatoria do senador Efraim Filho (União-PB).

Antes de se aposentar, a ministra Rosa Weber, do STF, votou contra a criminalização do aborto até 12 semanas de gestação. Com o pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, o julgamento foi transferido para o plenário presencial, e não deve ser retomado no primeiro semestre deste ano.

Logo em seguida, membros da oposição protocolaram pedido de plebiscito para que a população brasileira seja ouvida sobre o tema. O parlamento tem diferentes projetos apresentados sobre a interrupção da gravidez.


Metrópoles 


HOMEM É MORTO A TIROS DURANTE ASSALTO NA PRAIA DA GRANDE NATAL

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Um homem de 63 anos foi morto a tiros durante um assalto na madrugada desta segunda-feira (5) na praia de Pirangi, em Parnamirim. A vítima foi identificada como João Batista de Lima.

De acordo com a Polícia Militar, o homem na praia estava acompanhado da companheira quando foi abordado por um criminoso que chegou ao local a pé e anunciou o assalto. Neste momento, a vítima se levantou e foi alvejada.

O criminoso roubou uma quantia de R$ 100 e dois aparelhos celulares e fugiu. A mulher pediu ajuda em um condomínio que fica próximo ao local do crime e acionou a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).

Ao chegar ao local, o Samu constatou a morte. Ainda segundo informações da Polícia Militar, a mulher informou que o casal estava no local para pescar.

João Batista de Lima era proprietário da Tapiocaria da Vó, restaurante e ponto de memória rendeiras da Vila de Ponta Negra.


G1/RN

 

SUSPEITO DE ROUBAR CARRO E BICICLETA É BALEADO EM FRENTE A SUPERMERCADO NA GRANDE NATAL

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Um homem foi baleado dentro do carro no fim da manhã deste domingo (4) na frente de um supermercado em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.

De acordo com a Polícia Militar, o carro tinha registro de roubo, e o homem foi baleado quando tentava fugir após furtar uma bicicleta que estava dentro de um outro veículo no estacionamento do supermercado. A PM disse não saber quem foi o autor dos disparos.

O suspeito, que levou um tiro na cabeça, foi socorrido e levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. O estado de saúde dele não foi informado até a atualização mais recente desta matéria.

O caso aconteceu na Dr. Ronaldo Maranhão, na saída lateral do supermercado, que fica no bairro Vale do Sol, em Parnamirim.

A Polícia Civil vai investigar o caso. A PM informou que as vítimas do roubo e do furto foram à delegacia registrar Boletim de Ocorrência.


G1/RN


FAMÍLIA DA CIDADE DE MOSSORÓ VÍTIMA DE ESTELIONATO, ESTÁ FAZENDO CAMPANHA PARA ARRECADAR O VALOR PERDIDO

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Walisson Romário foi vítima de extelionato, no ultimo dia (03/02/2024 aonde perdeu para criminalidade um valor de cerca de 5 mil reais, um valor que era para comprar um transporte, o seu novo instrumento de trabalho, que ele ajuda a sua família trazendo o sustento, o mesmo é casado, pai de três crianças, e está muito aflito sem poder trabalhar.

Aqueles que poderem ajudar com qualquer quantia, Deus vai abençoar bastante a vida de quem precisa.

Vamos ajudar essa família a ter o seu transporte para que esse pai possa trabalhar e ajudar suas criancinhas.

PIX: RAYANEGOMES102@GMAIL.COM

04 fevereiro 2024

CINEGRAFISTA É MORTO A TIROS EM SUPOSTO ASSALTO NO BAIRRO SUMARÉ EM MOSSORÓ

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O crime aconteceu por volta das 18h30min deste domingo 04 de fevereiro de 2024 no cruzamento das Ruas Celina Viana com Francisco Sales Vieira no Bairro Sumaré em Mossoró no Oeste do Rio Grande do Norte.

As primeiras informações repassadas pela PM, apontam que a vítima o cinegrafista da extinta Super TV, Carlos Romão Barboza Filho, conhecida como Jubileu, de 24 anos, esatva parado com sua moto, acompanhado de uma mulher, quando os criminosos chegaram e anunciaram o assalto.

Tomaram o seu celular e de sua companheira, mandaram que ele retirasse o capacete e assim ele o fez, foi quando os criminosos efetuaram dois tiros na região de sua cabeça e fugiram, levando os celulares, mas deixando a motocicleta da vítima.

O delegado de plantão DPC Teixeira Júnior, acompanhou a perícia e conversou com testemunha e disse à Imprensa, que a princípio o crime será investigado como latrocínio, embora algumas informações não estão batendo.
Jubileu como era mais conhecido, trabalhou na Super TV e aturalmente comandava um programa de vaquejada no seu canal do Yutube. O corpo dele foi recolhido após a perícia e encaminhado para exames no IML do ITEP.

Mossoró chega aos 12 homicídios em 2024. A 10ª Delegacia de Homicídios e proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar o crime, para tentar chegar aos autores bem como sua motivação.


Com informação Fim da linha

DNIT IMPLEMENTA SISTEMA DE FISCALIZAÇÃO AUTOMATIZADA NA BR-101 E BR-304 NO RN

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) promove uma revolução na fiscalização de veículos pesados no Rio Grande do Norte. Um avançado sistema de fiscalização em tempo real e automatizada nas rodovias BR-101 e BR-304 estão sendo implementados nos municípios de São José de Mipibú e Santa Maria. Esses postos integrados e automatizados representarão os primeiros do gênero no Brasil, o que marca um salto inovador na gestão viária.

Além dessa abordagem pioneira, a introdução do equipamento representa um avanço significativo na conservação da malha rodoviária e na promoção da segurança nas estradas. A fiscalização automatizada permitirá uma análise precisa e imediata dos veículos que transitam por essas importantes rodovias, o que contribui para a prevenção de danos à infraestrutura viária e, principalmente, garantindo a segurança de todos os usuários.

Com essa iniciativa do DNIT, o RN se destaca como um estado precursor em adotar tecnologias avançadas para aprimorar a gestão e a segurança das suas rodovias. A expectativa é que o projeto sirva como referência para futuras implementações em outras regiões do país, impulsionando a modernização dos sistemas de fiscalização viária no Brasil.


Com Informações Agora RN


REVISÃO DO CAD-ÚNICO EXCLUI 1,7 MILHÃO DE FAMÍLIAS COMPOSTA POR UM INTEGRANTE DO BOLSA FAMÍLIA

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Uma revisão do CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) retirou 1,7 milhão de famílias unipessoais – aquelas compostas por apenas um integrante – do grupo de beneficiários do Bolsa Família.

Nesses casos, essas pessoas recebiam o benefício de forma irregular ou integravam um núcleo familiar maior do o que constava em seu cadastro.

O número de registros de família deste tipo saltou de 1,84 milhão, em dezembro de 2018, para 5,88 milhões em 2022, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.

A pasta explica que, em 2023, durante a  retomada a qualificação das informações do CadÚnico, 3,4 milhões de famílias que não atendiam aos critérios deixaram o programa, enquanto outras 2,9 milhões foram incluídas no período de março a dezembro de 2023.

Em 2024, além da continuidade dessa averiguação dos cadastros de famílias unipessoais, o ministério pretende promover uma revisão cadastral para atualizar registros antigos.

A meta para este ano é alcançar ao menos 4,7 milhões de registros, dos quais 1,7 milhão de beneficiários do Bolsa Família.

O ministério afirma que o objetivo final do governo não é o de cortar os beneficiários e sim manter as informações da forma mais correta na base de informações.


PM APREENDE DROGAS EM AREZ DURANTE PRÉVIA DE CARNAVAL

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Na madrugada deste Domingo 4, os Policiais Militares do Pelotão de Arez da 4ª CIPM, que estavam em patrulhamento pela Cidade de Arez durante a festa de prévia de carnaval, foram informados por pessoas que estavam no local que um indivíduo estava vendendo drogas próximo aos banheiros.

Ao receber a informação, a equipe policial realizou patrulhamento a pé próximo aos banheiros. Após notar a presença dos policiais, um indivíduo tentou descartar um objeto. Ao ser abordado, foi verificado que se tratava de uma porção de cocaína. Em seu bolso, foram encontradas mais 15 porções de cocaína, além de um cigarro de maconha.

Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao indivíduo, que foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil para a realização dos demais procedimentos legais.


Com informações AGORA RN 


SUSPENSÃO DA PESCA DO ATUM REDUZ EM ATÉ 30% AS RECEITAS DO SETOR

REDAÇÃO ITAJÁ TV

A proibição da pesca da principal espécie do atum, que durou cerca de 15 dias, causou um prejuízo de aproximadamente 30% nas receitas ao setor da pesca do Rio Grande do Norte, avalia o Sindicato da Indústria de Pesca do Rio Grande do Norte (Sindipesca-RN). A suspensão que acabou em 31 de dezembro afetou empresas, que precisaram dar férias coletivas aos funcionários, de acordo com Arimar Filho, vice-presidente do sindicato. Cerca de 1,5 mil trabalhadores foram afetados. Ainda segundo perspectivas da entidade, as empresas esperam recuperar parte das perdas ao longo deste ano.


Representantes do setor falam em um prejuízo que pode chegar até R$ 30 milhões. Isso porque, Rio Grande do Norte e Ceará são os principais produtores do País, de acordo com o Governo Federal. “O prejuízo foi grande, muito grande mesmo nas empresas”, diz Arimar Filho. “As empresas tiveram uma perda que pode chegar até 30% da receita líquida anual e para o setor em geral a conta é próxima disso também, porque era um mês de boa produção e ótimos preços”, destaca.


A proibição, que vigorou entre 15 e 31 de dezembro, foi uma decisão do Governo Federal, por meio dos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente. Geraldo Venâncio, que é vendedor de peixes nas feiras de Nova Esperança, Nova Natal e Carrasco, diz que o atum sumiu das bancas. “Faz mais ou menos uns quatro meses que eu não vendo, está muito difícil. Atum é um peixe muito bom, o pessoal gosta muito e procura bastante. Eu também gosto muito, mas faz tempo que eu não como nem vendo. Essa proibição também prejudicou um pouco o trabalhador”, conta.


No Mercado do Peixe e arredores, o atum vermelho, como é chamado a espécie albacora-bandolim (thunnus obesus) ainda não é encontrado nas bancas, apesar da pesca ter retornado. De acordo com vendedores, apenas o atum branco pode ser encontrado pelos clientes neste período. “É uma perda que a gente espera recuperar a longo prazo porque agora que os barcos estão voltando [das pescas] e o mercado realmente está muito retraído. A gente encontra com muito dificuldade no comércio. Voltamos agora, mas a recuperação do setor como um todo será muito lenta”, frisa o representante do Sindipesca-RN.


Segundo o Sindipesca, a pesca de atum movimenta cerca de R$400 milhões por ano, gerando aproximadamente R$3 bilhões em produtos acabados. Os meses de janeiro e fevereiro representam grande lucro no setor, segundo informou a entidade.

Regras internacionais
A pesca do atum, especialmente da espécie albacora-bandolim, segue regras internacionais devido ao caráter migratório dos peixes, que buscam alimentos em correntes marítimas e percorrem outros continentes através das águas do oceano Atlântico. A Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT, na sigla em inglês), composta por 55 países e 25 observadores, estabelece normas para a pesca, definindo que pode fazer a captura, em que período do ano, em que locais, com que métodos e na quantidade preestabelecida.


Para a espécie de atum albacora-bandolim, que tem aproximadamente 90% no Brasil de sua pesca por embarcações da região Nordeste, ao ICCAT definiu o limite de 5.440 toneladas para todo o país no ano de 2023. A quantidade é rateada entre as cinco modalidades de pesca (cardume associado, espinhel horizontal de superfície, espinhel de Itaipava, linha/vara – com isca viva e cerco). O ano de 2023 foi o primeiro em que ocorreu essa divisão de cotas.


O monitoramento é feito pelas próprias empresas de pesca, que repassam as informações para alimentar o banco de dados e também para dar subsídios científicos relacionados aos estudos sobre o comportamento de correntes e espécies de peixes. Ao atingir 95% da cota, o Governo Federal determinou a suspensão. Porém, o mês de dezembro é considerado o principal para o setor, tanto na disponibilidade dos peixes quanto na demanda e preços praticados no mercado internacional. Por isso, o setor criticou a suspensão neste momento e criticou a decisão do Governo Federal porque, no entendimento do sindicato, poderia haver compensação da cota em 2024.


De acordo com a secretária de Registro, Monitoramento e Pesquisa do Ministério da Pesca, Flávia Lucena, o Brasil já se comprometeu a pagar dívidas passadas, acumuladas nos últimos três anos (o Brasil ultrapassa sistematicamente as cotas nos últimos três anos – 2020 a 2022). Este pagamento se dará em 5 anos (2024 -2028) e já está registrado na ICCAT, mas o Brasil se comprometeu a não ultrapassar mais as cotas, garantindo o monitoramento da pesca nos próximos anos”, aponta.


Uma planilha apresentada pela secretária mostra que ficou acordado, entre 2024-2028, o pagamento de 1.587,34 toneladas de Atum Albacora-Bandolim, sendo 355.341 toneladas já em 2024 e 308 toneladas/ano entre 2025 a 2028.

Números

1,5 mil

trabalhadores foram afetados com a suspensão da pesca do atum vermelho entre os dias 15
e 31 de dezembro de 2023

R$ 30 milhões é o prejuízo estimado pelos representantes do setor da pesca no Rio Grande do Norte com a parada forçada.


Com informações Tribuna do Norte 


REDE ESTADUAL DO RN É A ÚLTIMA DO NORDESTE A INICIAR AS AULAS EM 2024

REDAÇÃO ITAJÁ TV

A rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte será a última a iniciar as aulas do ano letivo de 2024 no Nordeste. Os estudantes só devem voltar às salas de aulas no dia 04 de março, enquanto outros estados nordestinos, como Ceará e Pernambuco, já iniciam as atividades nesta segunda-feira (05). A Secretaria Estadual de Educação (SEEC) aponta que o “atraso” no calendário é devido à greve dos professores realizada no ano passado para implantação do reajuste no piso salarial. Contudo, outros estados nordestinos também tiveram greves e ainda assim irão retomar as aulas antes do RN. Especialista aponta que o “atraso” prejudica os alunos.


A greve dos professores da rede estadual de ensino durou pouco mais de um mês em 2023. Segundo a Secretaria, isso fará com que as aulas só sejam iniciadas em 04 de março de 2024, com previsão de término no dia 23 de dezembro. De acordo com a Secretaria de Educação (SEEC-RN), não seria possível iniciar o ano letivo mais cedo em 2024, uma vez que algumas escolas só terminaram as aulas de 2023 no final de janeiro deste ano.

Este não é o caso de outros estados nordestinos. O Maranhão, por exemplo, teve mais de um mês de greve de professores, também ocasionada pela luta em busca do reajuste no piso salarial. Os professores paralisaram as atividades no dia 27 de fevereiro e finalizaram no dia 30 de março. O estado da Bahia teve 11 dias de greve. Em Alagoas, foram 14 dias. Ainda assim, Maranhão, Bahia e Alagoas iniciam o ano letivo nos dias 19 de fevereiro, nos dois primeiros estados, e 15 de fevereiro, no caso de Alagoas. Duas semanas antes que o RN.

Pesquisa feita pela TRIBUNA nos calendários de ensino mostra que os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí serão os primeiros a iniciarem as aulas na rede estadual, com aulas já previstas para esta segunda-feira (05). Já os outros estados, como Paraíba, Sergipe e Alagoas iniciarão os trabalhos dia 15, com Maranhão e Bahia começando as aulas dia 19 de fevereiro. Já com relação ao término das aulas, Sergipe, Bahia, Alagoas e Paraíba terminarão as aulas antes do dia 20 de dezembro.

A subcoordenadora de Organização e Inspeção Escolar da SEEC-RN, Vanda Pereira, explica ainda que algumas escolas do Rio Grande do Norte, por terem aderido à greve no ano passado, terminaram o ano letivo somente no final de janeiro, sendo necessário período de férias para os docentes. Aquelas que não aderiram, no entanto, terminaram o ano letivo no dia 20 de dezembro. Ela aponta que seria inviável iniciar o ano letivo com datas diferentes para quem aderiu ou não a greve.

“Tivemos 26 dias (letivos) de greve e tínhamos que repor esse período. Começamos a reposição no meio do ano, quando já diminuímos o recesso, e tivemos que nos estender, algumas escolas, até o dia 22 de janeiro de 2024. Como somos uma rede, não tem como escola que não fez greve começar determinado dia de fevereiro e a que fez greve começar só em março. O calendário é feito para a rede estadual, infelizmente temos essa especificidade exatamente por conta da greve e começaremos o ano letivo de 2024 no dia 04 de março, tendo ainda nove sábados letivos. Não tinha como ser diferente”, explica Vanda Pereira, sobre a decisão de iniciar as aulas somente no dia 04 de março.

Segundo a Lei 9.394/1996, conhecida como lei de Diretrizes Básicas da Educação, a carga horária mínima anual é de 200 dias letivos no ano, “excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver”. O RN irá cumprira carga horária mínima, mesmo começando em março.

“Não vejo tanto prejuízo porque como a própria LDB preceitua, são obrigatórios 200 dias letivos. O calendário contempla isso. Não tem para onde corrermos. Se começamos tarde, consequentemente terminaremos um pouco mais tarde. Em 2023 o término foi dia 20 de dezembro. Em 2024, vamos além só de três dias. Não vai interferir no Enem, porque está dentro do contexto. O Enem sempre acontece no período das aulas, sempre foi assim”, aponta.

Greve
A greve dos professores da rede estadual de ensino começou no dia 07 de março do ano passado e se encerrou no dia 12 de abril após diálogo com o Governo do Rio Grande do Norte. A principal demanda da categoria era a implantação do reajuste de 14,95% no Piso Nacional do Magistério. Na época, foi decidida a aplicação de reajuste de 14,95% em abril (em folha suplementar) para os professores que ganhavam abaixo do Piso, retroativo a janeiro, com parcelamento para o restante dos servidores.

“O encerramento de 2023 em janeiro se estendeu excepcionalmente por conta da greve, que não é culpa da categoria, e sim do Governo que não atendeu as expectativas de reajuste. Como fizemos movimento com ritmo próprio e prazos, com 36 dias seguidos, a greve acrescentou ao calendário. Depois da greve temos direito a um mês de férias, então precisávamos finalizar o ano letivo para ter as férias. Isso atrapalha o ano letivo, que começa mais tarde, mas é uma consequência dessa necessidade de repor as aulas e garantir os 200 dias letivos”, analisa Bruno Vital, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN).

“A SEEC precisa começar o ano letivo igual. Não tem como o Estado ter uma rede única e ter dois anos letivos diferentes. Não tem condição disso, não há operacionalidade, seria um caos, principalmente para os profissionais. Por exemplo: há professores que atuam em duas escolas, mas que só teve greve em uma. Existe esse tipo de situação. Seria uma situação caótica”, acrescenta Bruno Vital, representante do Sinte.

Sábados letivos
A rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte terá nove sábados letivos durante 2024, segundo consta no calendário oficial letivo da rede. Segundo a SEEC-RN, a dinâmica já é uma prática normalizada na rede estadual.

“Sempre existiu sábado letivo. Tenho 38 anos de rede estadual e como professora e gestora sempre tivemos sábados letivos. Nem todos os alunos vão, mas a gente faz programação e aula diferente porque a partir do momento que temos aluno e professor em sala de aula com um espaço para esse momento diferencial, isso é contado como aula letiva”, explica Vanda Pereira.

Segundo o calendário, os sábados letivos serão distribuídos entre os quatro bimestres do ano, com um sábado em abril, outro em maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, com novembro tendo dois sábados letivos e dezembro um.

Especialista vê “problemas” no calendário de 2024

A professora e Doutora em Educação, Cláudia Santa Rosa, aponta que o calendário divulgado pela SEEC possui “problemas” e avalia que o ideal seria começar no dia 4 de março apenas as escolas que pagaram a greve até janeiro e “planejar as matrículas para os casos diferenciados”.

“O RN vive mergulhado numa cultura perversa de fracasso escolar. A gestão pública não tem plano B, não se prepara para conviver com as greves de professores e organiza um calendário de matrículas que dispensa comentários. Tudo muito tardiamente. Nivelamos sempre por baixo. As escolas que não fizeram greve estão de férias desde o dia 22/12 e mesmo assim só podem iniciar o ano letivo dia 04/03. Fica impossível quebrarmos com esse ciclo de atraso educacional. Passamos alguns poucos anos iniciando as aulas em fevereiro. Agora, há um retrocesso inquestionável”, avalia a professora.

Ainda segundo a especialista em práticas pedagógicas exitosas, a preparação de alunos e professores também fica comprometida. “Quem faz o ENEM participa das provas, no início de novembro, sem ainda ter visto o conteúdo do quarto bimestre. E quando iniciamos o ano letivo, em março, quem está em aula desde o final de janeiro já se encontra em período de testes e até primeiras provas do ano. É muito atraso e sentimento de inferioridade”, aponta.

Para o professor da disciplina de Política Pública em Educação e com mestrado na área, Gustavo Fernandes, não há prejuízo nem diferença para os estudantes em começar o ano letivo em março.

“Eu particularmente não vejo problema em se iniciar em março, muito pelo contrário. Acredito que se existir um projeto específico para os meses de mês de janeiro e fevereiro pensando numa proposta pedagógica de planejamento, acho viável começar em março. Até porque janeiro é um mês de férias e fevereiro tem o Carnaval, acaba atrapalhando o ano letivo. Fica quebrado, professores viajam, alunos faltam”, aponta.

“Agora uma coisa que precisa acontecer é que os professores precisam entender que, por mais que o calendário letivo se inicie em março, em fevereiro eles já precisam voltar para a escola para estar à disposição e planejar junto com a gestão o ano letivo. Não só professores, mas toda a comunidade escolar”, acrescenta.

“O que precisa mudar é a prática cultural, porque acontece de boa parte dos professores entendendo fevereiro como uma extensão das férias, mas não é para acontecer. Já é para ser o retorno do professor”, aponta.

Calendário
Rio Grande do Norte
Início: 04/03
Fim: 23/12

Ceará
Início: 05/02
Fim: 20/12

Paraíba
Início: 15/02
Fim:19/12

Sergipe
Início: 15/02
Fim: 11/12

Alagoas
Início:15/02
Fim:19/12

Pernambuco
Início: 05/02
Fim: 20/12

Bahia
Início: 19/02
Fim: 18/12

Maranhão
Início: 19/02
Fim: 20/12

Piauí
Início: 05/02
Fim: Não divulgado


Com Informações Tribuna do Norte 


COMPARTILHE