O policial penal federal Carlos
Luis Vieira Pires será o responsável por atuar como interventor do presídio
federal de Mossoró, onde dois presos fugiram e continuam foragidos, após o
Ministério da Justiça determinar o afastamento imediato da atual direção da
unidade. A decisão foi tomada pelo titular da pasta, Ricardo
Lewandowski, e o nome foi divulgado nesta quinta-feira (15).
Segundo
o Ministério da Justiça, Carlos Luis Vieira Pires viajou para Mossoró com
o Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, e o diretor do Sistema
Penitenciário Federal, Marcelo Stona, na tarde de quarta-feira (14).Além do
cargo como policial penas federal, Pires também é coordenador-geral de
Classificação e Remoção de Presos, em Brasília, e já foi diretor Penitenciária
Federal em Catanduvas (PR), a primeira unidade do Brasil.
Os
dois fugitivos responsáveis pela primeira fuga de um presídio federal
foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, conhecido como
“Martelo”, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como “Tatu”
ou “Deisinho”. Ambos são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27
de setembro de 2023. A suspeita é de que a dupla tenha escalado uma luminária
da cela onde estavam e pulado o alambrado para acessar a área externa. O
presídio de Mossoró também abriga Fernandinho Beira-Mar, conhecido por sua
atuação na facção carioca Comando Vermelho.
Desde
o momento da fuga dos presos, orgãos de segurança do Estado e o Governo Federal
atuam para encontrar os presos. Confira medidas que foram tomadas por Ricardo
Lewandowski:
1.
Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a
Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração
presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.
2.
Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o
deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar
responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta
com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
3.
Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado
(Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão
da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e
prisão dos foragidos.
4.
Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos
fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no
Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade
policial internacional;
5.
Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento
das rodovias sob sua jurisdição e dê suporte à recaptura dos presos.
6.
Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os
equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
Com informações Tribuna do Norte