REDAÇÃO ITAJÁ TV
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido recorrente de R$ 11,9 bilhões no primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que representa uma queda de 5% em comparação com o registrado em 2022 (R$ 12,5 bilhões). O banco apresentou seus resultados referentes a 2023 nesta segunda-feira (4).
De acordo com Alexandre Abreu, diretor financeiro e de crédito digital para MPMEs, do BNDES, a queda do lucro líquido recorrente tem relação com uma devolução de R$ 45 bilhões ao Tesouro Nacional. “Se nós tivéssemos mantido aquele caixa e não devolvido os recursos ao Tesouro, nós teríamos tido um resultado R$ 1,1 bilhão superior e o lucro teria sido de R$ 13 bilhões, superior, portanto, ao de 2022”, pontuou.
O caixa livre do BNDES encerrou o último trimestre de 2022 com R$ 16 bilhões e o de 2023 com R$ 34 bilhões. A média no ano passado ficou em R$ 22 bilhões.
No quarto trimestre de 2023, o lucro líquido recorrente do banco registrou alta de 83%, em comparação ao registrado no terceiro trimestre, indo a R$ 5,3 bilhões.
O lucro líquido total em 2023 foi de R$ 21,9 bilhões. Segundo o banco, esse resultado foi “impactado por receitas de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 7,8 bilhões (principalmente oriundas da Petrobras), líquidas de tributos, além de reversão de provisões de crédito, em especial pela recuperação de créditos provisionados em exercícios anteriores”.
Crédito
Houve um crescimento de 44%, no ano passado, nas aprovações de crédito viabilizadas pelo BNDES. Elas totalizaram R$ 218,5 bilhões. Dentre o montante, R$ 44 bilhões resultaram de garantias do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), ante R$ 20 bilhões de 2022.
“As aprovações aumentaram em todos os setores, com destaque para infraestrutura, com R$ 78,5 bilhões (crescimento de 23%), agropecuária, com R$ 42,5 bilhões (alta de 53%), e indústria, com R$ 31,7 bilhões (alta de 41%)”, diz o BNDES.
Desembolsos
Os desembolsos do banco, considerando operações de crédito diretas e indiretas, totalizaram R$ 114,4 bilhões no último ano, o que representa 1,1% do Produto Interno Bruno (PIB) e uma alta de 17% em comparação com o montante registrado em 2022.
Do total de desembolsos em 2023, mais de 80% foram a taxas de mercado. “A parte realizada com taxas incentivadas concentra-se, em boa medida, no apoio ao Plano Safra, em que o BNDES é um dos executores da política pública do Governo Federal”, acrescenta o comunicado.
SBT News