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13 março 2024

Potiguares ainda se recuperam dos prejuízos após ataques no Estado

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Apenas cinzas e resquícios de sucata ocupam o local que, há um ano, representava quase 30 anos de trabalho para o potiguar José Cardoso Sobrinho. Aos 56 anos, dos quais mais da metade são atuando como motorista, ele teve seus quatro ônibus de turismo destruídos durante os ataques de março de 2023 no Rio Grande do Norte. Embora meses tenham se passado, ele não conseguiu recuperar nenhum dos bens perdidos. O apoio da esfera pública, por sua vez, também não o alcançou.


Na matemática injusta que atingiu a vida de José Cardoso, os R$500 mil correspondentes aos veículos de sua propriedade viraram apenas R$ 20 mil vendidos à sucata. A rotina, antes movimentada por viagens que ocupavam a semana, agora é incerta. Sem os ônibus, ele depende da necessidade pontual de colegas para trabalhar. Na falta de demanda nas viagens, o tempo é apenas uma brecha para que as memórias evoquem suas perdas. A esperança de recuperar seus bens, após um ano e com ações que tramitam na justiça, agora é vacilante.


“De repente, se acabou tudo”. É o que o motorista afirma ao reviver a memória em que viu os ônibus queimados na garagem em que os guardava. O espaço, localizado na zona Norte de Natal, ainda conta com a região incendiada praticamente inalterada. O fogo atingiu o espaço na madrugada do dia 15 de março e foi suficiente para destruir por completo os quatro ônibus do potiguar. A informação chegou a José Cardoso por ligação. Ele imediatamente se deslocou ao espaço e assistiu ao cenário da destruição. Naquele momento, embora muitas emoções tenham sido manifestadas, a angústia e a revolta foram protagonistas.


Na necessidade de continuar mantendo o sustento da família, no entanto, ele precisou se reerguer. Além do dinheiro alcançado com a venda da sucata, dos quais parte foram direcionados aos quatro funcionários que empregava, contou com o apoio de doações realizadas pela população em uma campanha. O motorista reconhece com gratidão a solidariedade, mas ainda aguarda as ações da justiça para conseguir recuperar os ônibus. “Estou aí na luta, esperando a justiça decidir alguma coisa”, compartilha. O tom, contudo, transmite pouca esperança.


Para José Cardoso Sobrinho, muitas promessas foram dadas: apoio da esfera pública, andamento de ações e audiências que nunca apresentam uma data marcada. Enquanto isso, vai levando a vida como pode, em um padrão muito menor que o anterior. Nas palavras dele, ‘confiando sempre em Deus’ e aguardando que a justiça seja feita para retomar os frutos de seu trabalho.


Embora tenha sido vítima das depredações, em certos momentos chega a se questionar o porquê de estar ‘pagando um preço tão alto’. Na falta de respostas do Estado, também questiona a si sobre os motivos que travam o ressarcimento dos bens e alimentam as burocracias da justiça. “Eu tô nessa idade [56 anos] e tô me aguentando porque tenho que aguentar”, enfatiza.

A angústia de ver a fonte de renda virar cinzas também atingiu Marcos César, de 55 anos, natural de Mossoró. Durante os ataques de março, o motorista foi abordado por um criminoso que o mandou se afastar de seu caminhão, com o qual prestava serviços de limpeza urbana, e incendiou o veículo. A cena, além de ter sido presenciada por ele, foi registrada e alcançou proporções nacionais. Mas foi exatamente com esse alcance que a história do potiguar teve um desfecho contrário ao de José Cardoso.


Com o apoio de doações recebidas por meio de uma vaquinha de 31 dias, ele conseguiu recuperar o prejuízo em maio. Antes, contudo, reconhece a tristeza e a insegurança que sentiu ao ver o fruto do trabalho virar fumaça: “tocaram fogo em um carro que era meu meio de sobreviver”. Ao todo, foram 85 dias parados até reunir recursos suficientes para comprar o novo caminhão e voltar à rotina. Nesse espaço-tempo, somada a pequena reserva financeira que mantinha, não faltou ajuda dos três filhos para garantir seu sustento.

Passados 12 meses dos ataques, a fé continua sendo o pilar principal para o mossoroense continuar trabalhando sem medo de represálias. Tal como as palavras, seus sonhos são sempre simples: “vencer a vida e acabou. Se Deus quiser, vou em frente, entregando tudo a Deus”, compartilha.


A reportagem da TRIBUNA DO NORTE contatou outras duas pessoas que tiveram seus veículos destruídos pelos ataques de março de 2023, mas elas relataram medo de conceder um relato e sofrer represálias. Uma delas, residente na Grande Natal, afirmou que conseguiu recuperar o caminhão perdido por meio de doações e apoio de familiares e amigos.


Tribuna do Norte 



Receita do ICMS no RN cresce 9,46% em janeiro e soma R$ 58,7 milhões a mais

REDAÇÃO ITAJÁ TV


A arrecadação do ICMS, principal imposto estadual no Rio Grande do Norte, teve um acréscimo de R$ 58,7 milhões em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2023, o que corresponde a auma alta de 9,46%. O balanço foi divulgado pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz/RN) na noite desta terça-feira (12). A pasta diz que o aumento sofre reflexos da inflação, mas que ainda não se pode afirmar que é suficiente para manter o nível de crescimento da receita que ficou em 10,5% em janeiro.


De acordo com as informações publicadas, em janeiro o Estado arrecadou R$ 746,9 milhões com o ICMS, frente a R$ 687,2 milhões de janeiro de 2023. A título de comparação, é preciso analisar o mesmo mês de cada ano. A Sefaz alertou que o primeiro mês do ano ainda sofreu influência do mês de dezembro de 2023 quando a alíquota estava majorada em 20%. A redução da taxa para 18% só deve influenciar, segundo o boletim, na arrecadação de março e abril.


Os números diferem do que foi divulgado anteriormente pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado (Sindifern), que apontou uma arrecadação superior a R$ 804 milhões no primeiro mês de 2024 com ICMS e de R$ 682,3 em janeiro do ano passado.


O titular da Sefaz, Carlos Eduardo Xavier, disse também que os dados divulgados pelo Sindifern desconsideram algumas ações feitas pela pasta para que se possa constatar se há um aumento real que vá se sustentar. “Tem o impacto da inflação e ações que estamos tomando. O ritmo de crescimento no ano passado era na casa de 15%. Em janeiro ficou bem abaixo disso. Esse número do Sindifern desconsidera algumas ações que fazemos, antecipações e etc… O número correto a se trabalhar é o do boletim (da Sefaz)”, afirma o gestor.


As receitas provenientes dos outros tributos também apresentaram aumento em janeiro, de modo que a arrecadação total das receitas próprias evoluiu de R$ 716,1 milhões para R$ 791,5 milhões (10,5%).


O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) teve um crescimento de R$ 8,7 milhões (27,4%), passando de R$ 31,8 milhões para R$ 40,5 milhões em comparação com janeiro de 2023. Já o o ITDC (Imposto de Transmissão Causa Mortis) saiu de R$ 1,9 milhões para R$ 4 milhões neste ano (111,7%). Esses números coincidem com os do Sindifern que já adiantou os do mês de fevereiro.


De acordo com os números disponibilizados pelo sindicato, em fevereiro passado o Estado arrecadou R$ 607.858.683,28 somente em ICMS. Isso representa um aumento de 5,64% em relação a fevereiro de 2023, quando a receita do tributo ficou em R$ 575.364.591,08.


Já o IPVA de fevereiro cresceu 11%, saindo dos R$ 27 milhões de 2023 para R$ 30,1 milhões neste ano e o ITDC mais que duplicou (104,6%) sua arrecadação, passando de R$ 1,8 milhões em 2023 para R$ 3,7 milhões.


Como o boletim oficial da Sefaz/RN com o balanço do mês de fevereiro ainda não foi divulgado, é possível que haja alguma divergência entre os dados.


Antes da divulgação do Boletim da Sefaz/RN, quando apenas os números do Sindifern estavam disponíveis, a Federação do Comércio dos Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN) destacou que suas projeções já apontavam para um resultado positivo, seja pela menor alíquota modal estimulando o consumo, seja pela alíquota ad rem de combustíveis, que inclusive foi majorada em fevereiro. “Em termos nominais, a arrecadação de ICMS cresceu 17,8% em janeiro e 5,6% em fevereiro, na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Como a inflação no período foi 4,51% (acumulado em 12 meses até janeiro/24) pode-se afirmar que o estado teve crescimento real de arrecadação nos dois primeiros meses do ano”, avaliou o presidente da entidade, Marcelo Queiroz.

CDL e Fiern: análise sobre alta requer cautela

números

RS 716,1
milhões foi a arrecadação própria total do Estado em janeiro de 2024

R$ 746,9
milhões foi a receita do
ICMS em janeiro de 2024, ante R$ 687,2 milhões de janeiro de 2023

R$ 804
milhões no primeiro mês de 2024 foi a receita com ICMS apontada pelo Sindifern.

Tribuna do Norte 



12 março 2024

Viaturas paradas no pátio da PM vão a leilão

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Circulou nas redes sociais, na quarta-feira (6), um vídeo no qual dezenas de viaturas da Polícia Militar aparecem amontoadas no pátio da corporação, aparentemente sem uso. Na gravação, o autor da postagem denuncia a falta de destinação dos veículos e um possível local de proliferação de focos de mosquito da dengue. À reportagem da TRIBUNA DO NORTE, o Comando Geral da Polícia Militar explicou que os veículos estão em processo legal para serem levados a leilão. A corporação reconheceu o risco à saúde pública e informou que vai transferir os veículos para um local coberto.


A PM informou ainda que está em processo de substituição de parte da frota de viaturas em todo o Estado. “A PMRN enfatiza que o processo legal para levar esses veículos a leilão está em andamento através da Secretaria da Administração do Estado, e o objetivo é que seja concluído o mais rápido possível. A corporação está transferindo os veículos substituídos do pátio de manutenção para espaços preferencialmente cobertos, para abrigá-los, e está tomando as medidas sanitárias visando à prevenção das arboviroses, por meio dos órgãos de vigilância sanitária”, disse a PM em nota.

A reportagem questionou a PM sobre a quantidade de viaturas que estão paradas no pátio, mas não houve resposta. A corporação também não deu prazos para a destinação dos veículos. A TN também não foi autorizada a entrar no local.

Em dezembro último, o Governo do Rio Grande do Norte entregou 42 novas viaturas para uso da Polícia Militar e do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). A entrega faz parte de uma remessa de veículos adquirida com uso dos R$ 100 milhões destinados pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), ainda na época dos ataques de uma facção criminosa que paralisou o Estado, em março de 2023. Dos R$ 100 milhões, cerca de R$ 19 milhões serão utilizados para a locação de viaturas. Ao todo, serão adquiridos 300 novos veículos.

Além da estrutura de equipamentos e viaturas, a Polícia Militar do Rio Grande do Norte também enfrenta problemas de falta de pessoal. Atualmente na Polícia Militar, o efetivo é de 8.191 servidores, quando deveria ser de 13.466, de acordo com a Lei Complementar nº 449/2010.


Tribuna do Norte 

Vigilante é morto com tiro na nuca na zona Leste de Natal

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Um vigilante identificado como Biomedes de Medeiros, de 62 anos, morreu após sofrer um tiro na nuca durante a noite de segunda-feira (11) no bairro do Alecrim, localizado na zona Leste de Natal. De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.


O caso ocorreu por volta das 20h45, na avenida José Bento. Policiais do 1 BPM foram acionados ao local do crime, onde encontraram a vítima, um vigilante que trabalhava em uma farmácia nas proximidades, com um ferimento de bala na região da nuca. Biomedes chegou a ser socorrido, sendo encaminhado ao Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, mas não resistiu aos ferimentos.


A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deve investigar o caso.


Dengue: Brasil tem mais de mil mortes confirmadas ou em investigação

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Autoridades sanitárias confirmaram 363 mortes por dengue no Brasil em 2024. Há ainda 763 óbitos em investigação e que podem ter sido causados pela doença, totalizando 1.126 mortes confirmadas ou suspeitas até o momento. Os dados – divulgados hoje (11), em Brasília -são do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

Até a última sexta-feira (8), quando os dados foram atualizados, o país contabilizava 1.342.086 casos de dengue e um coeficiente de incidência da doença de 660,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Entre os casos prováveis, 55,5% são de mulheres e 44,5% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de ocorrências de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.

Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (464.223) entre os estados. Em seguida, estão São Paulo (238.993), Paraná (128.247) e o Distrito Federal (122.348). Quando se considera o coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 4.343 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (2.260), Espírito Santo (1.270) e Paraná (1.120).

Emergência

A explosão de casos de dengue fez com que pelo menos oito unidades da federação decretassem emergência em saúde pública: Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

A medida facilita acesso a recursos federais e agiliza processos voltados ao combate da doença.

Agência Brasil



Quase 10 milhões de jovens sem ensino básico estão fora da escola

REDAÇÃO ITAJÁ TV

No Brasil, 9,8 milhões de jovens, de 15 a 29 anos – ou 19,9% da população dessa faixa etária – não concluíram a educação básica (formada pela educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio) e não frequentam escolas, segundo dados da pesquisa Juventudes Fora da Escola, do Itaú Educação e Trabalho e da Fundação Roberto Marinho, baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022.

De acordo com o levantamento, divulgado nesta segunda-feira (11), a maioria desses jovens (78%) provém de famílias com renda per capita de até um salário-mínimo (R$ 1.412,00), e sete em cada dez (70%) são negros. A maioria (43%) não terminou o Ensino Fundamental; 22% completaram o Ensino Fundamental mas não iniciaram o Médio; e 35% têm o Ensino Médio incompleto.

Oito a cada dez desses jovens estão fora da escola há mais de dois anos – a média, segundo a pesquisa, é de seis anos fora da escola. A maioria deles (84%) fazem parte da força de trabalho – 69% estão ocupados e, desses, 67% estão ocupados na informalidade.

“Os dados revelam a questão do mundo do trabalho como central na decisão desses jovens que estão fora da escola, seja na tomada de decisão para interromper os estudos, seja para retomá-los. Temos o compromisso constitucional de, na escola, formarmos profissionalmente os jovens, para que eles tenham condições de garantir inserção produtiva digna e dar sequência na carreira que desejarem optar”, destaca a superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue.

A pesquisa mostra que 73% dos jovens disseram que pretendem concluir a educação básica. Entre as principais razões para terminar o ensino, os jovens apontam a perspectiva de melhora da condição profissional, seja para ter um emprego melhor (37%) ou arrumar um emprego (15%), seguido pelo desejo de cursar uma faculdade (28%).

Já os 27% que responderam não pretender concluir o ensino indicaram como principais razões para isso a necessidade de trabalhar (32%), seguida por precisar cuidar da família (17%). Do total de jovens ouvidos, 92% concordam que concluir a educação básica ajudaria a ter melhores oportunidades de trabalho.

“Fortalecer a educação profissional e tecnológica é fundamental nesse sentido, para que os jovens tenham formação adequada e alinhada às tendências do mundo do trabalho, assim como é urgente criarmos condições para que essa parcela da população estude e tenha oportunidades profissionais”, ressalta Inoue.

Em nota, o Ministério da Educação disse que o governo federal instituiu em 2024 o programa Pé-de-Meia, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. “Seu objetivo é democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social”. 

Agência Brasil



Celular Seguro recebe 30 mil alertas de bloqueio de aparelhos

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O Programa Celular Seguro já recebeu 30 mil alertas de bloqueios de celulares por perda, roubo ou furto desde dezembro do ano passado, quando foi criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O número foi divulgado pela pasta nesta terça-feira (12).

Até o momento, mais de 1,7 milhão de usuários cadastraram 1,3 milhão de celulares. Os aparelhos podem ser registrados por site (celularseguro.mj.gov.br) ou aplicativo (Play Store e App Store).

Para pedir o bloqueio do celular, o usuário deve acionar o “botão de emergência”. Após o envio do alerta, os bancos e instituições financeiras, que aderiram ao projeto, fazem o bloqueio das contas.

“A ação garante o bloqueio ágil do aparelho, mas, por questões de segurança, não permite a reversão do processo. Caso o usuário emita um alerta de perda, furto ou roubo, mas recupere o telefone em seguida, deverá solicitar os acessos através do contato com a operadora, bancos e outros. Cada empresa segue um rito diferente para a recuperação dos aparelhos e das contas em aplicativos. Os detalhes estão descritos nos termos de uso do Celular Seguro”, explica o ministério.

O usuário pode ainda indicar uma pessoa de confiança, que fica autorizada a solicitar o bloqueio do aparelho. A própria vítima pode fazer o bloqueio também acessando o site por um computador.


Agência Brasil

Um ano após ataques, RN executou menos da metade dos recursos enviados

REDAÇÃO ITAJÁ TV


No dia 14 de março de 2023, o RN foi atingido por uma onda de ataques criminosos que colocou em evidência a estrutura estatal para reprimir facções e assegurar proteção à população. Nesse período, o Ministério da Justiça e Segurança anunciou R$ 100 milhões de recursos federais ao Estado para reforço da segurança. Passados 12 meses, cerca de R$ 42 milhões foram executados e R$ 67 milhões ainda estão em processo de execução pelo Governo do Estado. A principal expectativa para este ano está na chegada de novas viaturas e abertura de novas vagas na Penitenciária de Alcaçuz e no Centro de Detenção Provisória (CDP) Potengi.


Ao todo, os recursos em execução pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed/RN) totalizam cerca de R$ 45 milhões, dos quais R$ 30 milhões foram para a compra de mais 100 novas viaturas e coletes balísticos para as polícias Civil e Militar. Apesar disso, apenas 75 veículos já foram adquiridos e estão sendo montados. A previsão é de que eles estejam adequados ao uso e sejam entregues ainda neste mês. Em relação ao restante da frota, a Sesed não detalhou datas para recebimento.

Outros R$ 15 milhões dos R$ 45 milhões, por sua vez, também estão em processo de execução. “Parte do recurso virá ao estado com a compra de fuzis, e outra parcela já chegou. Foi com a aquisição de 26 viaturas descaracterizadas que serão utilizadas pelo setor de inteligência da Polícia Civil. Os veículos já estão no RN e logo serão entregues”, assegurou a Sesed em resposta à reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Não há, contudo, uma data precisa para que os veículos sejam entregues.

Em relação aos recursos já utilizados, R$ 19 milhões foram destinados à locação de 300 viaturas para as forças policiais. Do valor, R$ 7 milhões foram pagos em 2023 e R$ 12 milhões no atual exercício. A pasta informou, ainda, que outros 100 veículos foram adquiridos com recursos do Fundo Nacional de Segurança. Ao todo, nos últimos meses, o Estado totalizou o recebimento de 500 novas viaturas.

A Sesed argumenta, nesse sentido, que a maior parte dos valores estão chegando ao Estado em forma de equipamentos e justifica que parte deles foi executado pela União durante os ataques. “R$ 10 milhões foram utilizados pelo próprio Governo Federal para o pagamento das diárias operacionais dos policiais que auxiliaram no trabalho de segurança realizado durante o período de crise, como os mais de 100 homens e mulheres da Força Nacional que foram enviados ao Rio Grande do Norte”, informou a pasta.

Além dos recursos que estão sendo utilizados pela Sesed, R$ 26 milhões dos R$ 100 milhões foram assegurados à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap/RN) para melhoria dos presídios potiguares. Em resposta à reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a pasta afirmou que o Governo Federal ampliou os recursos para cerca de R$ 35 milhões, sendo parte em equipamentos. Deste valor, aproximadamente 13 milhões foram executados.

Já o saldo, cerca de R$ 22 milhões, está em uso na fase de projeto de duas obras de construção e reforma para abertura de novas vagas na Penitenciária de Alcaçuz e no Centro de Detenção Provisória (CDP) – Potengi. “Tais obras envolvem dezenas de instituições municipais, estaduais e federais nas várias etapas da aplicação dos recursos”, ressalta a Seap/RN.

Entre as obras na Penitenciária de Alcaçuz, está a construção da Unidade Prisional de baixa complexidade, com 408 vagas, totalizando R$ 15 milhões de recursos federais. Segundo a Seap, a obra está em fase de ‘projeto e trâmites legais’ na Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), na Caixa Econômica Federal e nos setores de engenharia da Secretaria da Administração Penitenciária e Secretaria de Infraestrutura.

O Centro de Detenção Provisória – Potengi, por sua vez, já está com processo executivo pronto e projetos complementares em tramitação em algumas instituições, incluindo a Senappen e a Caixa Econômica Federal. No total, o espaço também deve contemplar 120 vagas e soma recursos no valor de R$ 6 milhões. Assim como a Sesed, a pasta não se deteve em fornecer uma previsão de entrega das obras.

Enquanto os projetos seguem em andamento, a Seap reforçou que foi inaugurado um Pavilhão de Progressão na Penitenciária Estadual Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, e as obras de um novo pavilhão com 177 vagas na Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó, também foram iniciadas. Já o novo Pavilhão de Segurança em Alcaçuz, com 120 vagas e orçado em R$ 6,4 milhões, está em fase final e deve ser entregue neste ano. As três obras estão fora dos projetos contemplados pelos R$ 35 milhões do MJSP.

No que se refere às câmeras corporais no valor de R$ 2,2 milhões, que estavam em fase de testes com as empresas fornecedoras em janeiro, a Seap informou que os equipamentos estão em uso. “A Polícia Penal está testando, sem custo ao Estado, alguns modelos de equipamentos de empresas interessadas na licitação. A fase atual segue o cronograma estabelecido pela pasta”, complementa.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com o MJSP para entender de que maneira a pasta tem acompanhado a execução dos recursos pelo Estado e o processo de envio dos recursos federais, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Resultados de operações
Embora o Governo do Estado tenha apresentado investimentos na segurança em uma ano, uma das principais necessidades ainda está na melhora do sistema penitenciário. Na avaliação do promotor de justiça Mariano Lauria, coordenador-geral do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado (MPRN), a construção e reforma de unidades prisionais para abrigar os presos do regime semiaberto é fundamental para que eles cumpram o determinado pela Lei de Execuções Penais.

Na prática, os detentos que se enquadram nesse grupo devem passar as noites e fins de semana em uma unidade prisional e sair apenas mediante comprovação de um trabalho. A perspectiva do promotor vai ao encontro das descobertas alcançadas por meio da Operação Sentinela, deflagrada no dia 22 de março, oito dias após o início dos ataques. Ao todo, 13 pessoas foram presas no primeiro dia da ação. Aliado a isso, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão. Outras duas pessoas foram presas posteriormente e três ainda estão foragidas.

O MPRN solicitou, ainda, a remoção de 10 lideranças para presídios federais e o pedido foi acolhido pelo judiciário. Segundo o coordenador-geral do Gaeco, o grupo preso pela operação é majoritariamente formado por detentos do regime semiaberto, os chamados “tornozelados”. O problema é que o monitoramento dos aparelhos ainda é frágil e não há estabelecimentos penais suficientes para abarcá-los.

“Acaba que todos vão para o regime de tornozeleira. Existem autorizações genéricas para que essas pessoas fiquem na rua durante o dia, em tese para trabalhar, mas a fiscalização não é adequada e a operação sentinela focou muito em pessoas nessa situação. [Ou seja], tornozelados que estavam envolvidos com a facção criminosa e na rua colocando as ordens das lideranças em prática”, enfatiza Mariano Lauria.

Ele adverte, contudo, que a ocorrência de ataques como o “salve” de março de 2023 resulta de questões multifatoriais, sejam elas dinâmicas das próprias facções para ascender novas lideranças, ou mesmo a identificação de oportunidades pelos criminosos. Por conta disso, argumenta, as respostas das forças de segurança precisam atuar com repressão equivalente aos ataques e investir no trabalho preventivo no sistema prisional. 

As depredações de março, longe de serem amadoras, foram orquestradas em uma pirâmide formada por líderes de facção, advogados e faccionados. Conforme apurado pela Polícia Civil, por meio da Operação Favens, os mandantes realizavam as ordens de dentro dos presídios, com o intermédio de profissionais de advocacia, para conseguir articular os ataques. “Essa engrenagem foi toda identificada e isso virou uma ação penal que tramita na Ujudocrim”, pontua Mariano Lauria. 

No Ujudocrim, integrada ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN),  tramitam as ações penais resultantes de denúncias realizadas pelo Gaeco junto aos promotores. Ao todo, o órgão consiste em um colegiado formado por três magistradas, estando em três promotorias, que fica responsável pelos crimes dispostos na Lei 12.850/2013, a chamada “Lei das Organizações Criminosas”. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE buscou o TJRN com o objetivo de identificar a situação das ações penais contra os presos pelos ataques criminosos, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. 

Além das 13 pessoas presas na operação Sentinela, outras  25 pessoas foram presas pela Operação Favens. Deste último grupo, embora a ação tenha sido deflagrada em julho de 2023, todos os alvos estão envolvidos com os ataques de março, incluindo três advogados e líderes de facção. 

Dados – Execução de recursos  

Sesed: R$ 19 milhões executados e R$ 45 milhões em execução; 

Governo Federal: R$ 10 milhões executados; 

Seap: R$ 13 milhões executados e R$ 22 milhões em execução; 

Prisões: 

Operação Sentinela: 13; 

Operação Favens: 25; 

Foragidos: três alvos da operação Sentinela . 



Lewandowski fará segunda visita a Mossoró nesta quarta-feira (13)

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, viajará a Mossoró nesta quarta-feira (13) para acompanhar as buscas pelos dois fugitivos do presídio federal. Essa será a segunda visita do titular da pasta à cidade potiguar.

Lewandowski vai se reunir com integrantes da força-tarefa formada para capturar os fugitivos Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos. Integram o grupo agentes da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, Secretaria de Segurança Pública do RN —com a Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Ainda há o reforço da Força Nacional, além de policiais dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Goiás.

O encontro com a equipe local está previsto para 10h. Uma entrevista coletiva será realizada na Delegacia da Polícia Federal em Mossoró, às 14h30.

Buscas pelos fugitivos

As buscas pelos fugitivos estão concentradas na área rural de Baraúna, região Oeste potiguar, e envolve mais de 600 agentes de segurança, que atuam de forma integrada.

Na última sexta-feira (8), a Polícia Federal prendeu, em Fortaleza-CE, um suspeito de ajudar os fugitivos. Foi a sexta prisão desde a fuga. A polícia também investiga um casal suspeito de comprar roupas para os foragidos.

Criminosos de alta periculosidade e ligados a facção criminosa Comando Vermelho, Deibson Cabral e Rogério Mendonça fugiram da Penintenciária Federal de Mossoró durante a madrugada de 14 de fevereiro – Quarta-feira de Cinzas. A dupla fugiu da cela por um buraco durante a madrugada e saíram pelo alambrado que cerca a unidade de segurança máxima.

Eles, que respondem por crimes como roubo, homicídio e associação criminosa, possuem penas de 81 anos (Deibson) e 74 anos (Rogério).




Governo federal anuncia 3 novos campi de institutos federais de educação no RN

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O governo federal anunciou nesta terça-feira (12) a criação de 3 novos campi de institutos federais (IFs) de educação, ciência e tecnologia no Rio Grande do Norte. As novas unidades do RN serão instaladas em Touros, São Miguel e Umarizal.

A previsão é que as atividades nos novos campi tenham início em 2025. Com a chegada das novas unidades, o IFRN passará a somar 25 campi, além da Reitoria, que atua como centro administrativo, em Natal.

Novos IFs
O anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em todo o país serão 100 novos campi de institutos federais (IFs). Com a construção de novas unidades, o número de campi de institutos federais chegará e 702 no Brasil.

O Nordeste é a região que receberá o maior número de novas unidades, segundo o Ministério da Educação.

Veja os números abaixo:

Norte: 12 campi
Nordeste: 38 campi
Centro-Oeste: 10 campi
Sudeste: 27 campi
Sul: 13 campi




Vigia de farmácia é morto a tiros no bairro Alecrim, em Natal

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Um vigia de 62 anos foi assassinado a tiros, na noite de segunda-feira (12) no bairro do Alecrim, na Zona Leste de Natal.

O crime aconteceu no cruzamento da avenida Presidente José Bento com a rua dos Caicós.

Diomedes de Medeiros foi atingido na cabeça ao voltar para casa, depois do dia de trabalho.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi chamada ao local, socorreu o homem e o levou para o Hospital Walfredo Gurgel, mas ele não resistiu.

Nesta terça-feira (12), na farmácia onde eles trabalhava, o dia foi de luto. O comércio não abriu.


Uma testemunha que pediu para não ser identificada disse que ouviu cinco tiros e, logo depois, uma arrancada de um carro em fuga.

Segundo os amigos, entre 2005 e 2006, Diomedes também foi vítima de tiros no bairro Alecrim, após reagir a um assalto.

Segundo a Polícia Civil, a princípio o crime é investigado como homicídio.





Motoristas que fazem a rota Itajá Assú, anunciam novo reajuste no preço das passagens

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Apartir de 18 de março de 2024, o preço das passagens Itajá/Assú, passará até um novo reajuste de apenas R$ 10,00, de acordo com Ediezio que é responsável pela equipe de motoristas alternativos.

O fechamento do posto de gás natural foi o motivo pelo aumento do preço, agora os motoristas que passavam a fazerem a rota,  com o uso de gás natural voltará ao uso de gasolina, o cliente que deseja ir até a cidade de Assú ou voltar a Itajá passará a pagar a passagem no valor de R$ 10,00.


Moradora da comunidade de Ararás em Itajá quer saber do prefeito qual previsão de início da pavimentação prometida! Ouça o áudio

REDAÇÃO ITAJÁ TV


Uma moradora da comunidade de Ararás no município de Itajá, identificada por meury procurou a nossa reportagem para perguntar a gestão Alaor Pessoa, cadê  a pavimentação da vila turistica dos pescadores.

Dona Meury disse a nossa reportagem que, estava assistindo a live de um programa da prefeitura de Itajá na rádio 104 FM,  e escutou quando o prefeito disse que depois do carnaval quando terminasse a obra da pavimentação de uma rua do bairro pedro vicente, ''Acauã de baixo'', começaria a obra da vila dos pescadores.

Segundo a moradora, a obra não chegou até lá, voltou para outras ruas, mim recordo bem que, um recurso foi acegurado pelo então deputado estadual george soares, para começar a obra.

Mais a moradora pagadora de imposto quer saber, qual previsão de melhoria?


Espaço aberto para a prefeitura dá sua resposta.

OUÇA O ÁUDIO: