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21 julho 2024

TSE IMPÕE REGRAS RIGOROSAS PARA USO DE REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES, ALERTA EX-JUIZ

REDAÇÃO ITAJÁ TV


O ex-juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) Wlademir Capistrano afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impôs regras rigorosas para o uso de redes sociais nas eleições municipais. Em entrevista ao AGORA RN, ele disse que o foco maior será na proteção de dados dos eleitores e no combate à desinformação, especialmente com o uso de inteligência artificial, responsabilizando plataformas por conteúdos falsos e removendo rapidamente conteúdos ilícitos. A veiculação de notícias falsas pode configurar abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, resultando na cassação de candidaturas e inelegibilidade.

Veja a entrevista na íntegra:

 Quais as principais regras e restrições impostas pelo TSE para o uso de redes sociais durante a pré-campanha eleitoral deste ano?

CAPISTRANO – O uso das redes sociais na pré-campanha segue as mesmas vedações para as atividades em geral: não é permitido o pedido explícito de voto, inclusive com o uso de expressões que, sem a frase “vote em”, induzam a um pedido de voto, o que a jurisprudência denomina de “palavras mágicas”. Os meios de propaganda proibidos na campanha também são vedados na pré-campanha, como a realização de atos com apresentações artísticas, a veiculação de mensagem com conteúdo eleitoral em outdoors, a veiculação paga de mensagens na internet e nas mídias sociais.

AGORA RN – Quais as consequências para quem praticar propaganda antecipada nas redes sociais?

CAPISTRANO – A propaganda eleitoral antecipada por qualquer meio, inclusive nas mídias sociais, é penalizada com multa no valor de R$ 5 mil a R$ 25 mil ou equivalente ao custo da propaganda, se este for maior. E se o volume da propaganda antecipada for abusivo que possa indicar uso imoderado do poder econômico do pré-candidato, também pode haver o ajuizamento de ação para investigar o abuso de poder, que pode levar à cassação do registro da candidatura, do diploma, se tiver sido eleita, e à condenação em inelegibilidade.

AGORA RN – Quais são as principais mudanças nas regras de uso destas quando a campanha começa oficialmente?

CAPISTRANO – Não há mudanças significativas. A resolução do TSE indica uma maior preocupação da Justiça Eleitoral com a proteção de dados dos eleitores, em razão da aplicação das regras da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), com a disseminação de desinformação na propaganda eleitoral (fake news) e com o uso de mecanismos de inteligência artificial (IAs) para adulteração de conteúdos. Mas, no geral, as pessoas candidatas terão ampla liberdade para propaganda nas mídias sociais.

AGORA RN – Destaque as medidas adotadas pelo TSE para combater fake news e desinformação nas redes sociais durante a campanha eleitoral.

CAPISTRANO – As principais inovações relativas ao combate da desinformação nas mídias sociais são a responsabilização das plataformas e provedores pela circulação de conteúdos já apontados como inverídicos ou manipulados, e a criação de meios mais céleres e eficazes para a remoção de conteúdos ilícitos.

AGORA RN – Quais são as penalidades previstas para candidatos que divulgarem informações falsas durante a campanha?

CAPISTRANO – A veiculação de desinformação pelos candidatos pode implicar na penalidade de multa e na configuração de abuso de poder e de uso indevido dos meios de comunicação, com a cassação do registro da candidatura, do diploma, se tiver sido eleita, e à condenação em inelegibilidade.

AGORA RN – Em fevereiro, o TSE aprovou uma resolução para regulamentar o uso da inteligência artificial para as eleições. Como o senhor avalia essa medida?

CAPISTRANO – O olhar mais atento da Justiça Eleitoral para o uso de mecanismos de inteligência artificial na propaganda eleitoral decorre da maciça disseminação de desinformação (fake news) nas eleições de 2018 e 2022. A inteligência artificial propicia mais instrumentos de adulteração de conteúdos e pode representar um incremento na desinformação na propaganda eleitoral. Por isso, o TSE endureceu as regras de controle de conteúdos na internet e nas mídias sociais, inclusive responsabilizando as plataformas e provedores, pois o objetivo da propaganda eleitoral é informar o eleitor sobre os candidatos, seus projetos e histórico, e não desinformar. A desinformação é contrária ao propósito da propaganda eleitoral e deve ser fortemente combatida.


AGORA RN 

ELEIÇÕES 2024: BRASIL AINDA TEM 5,5 MILHÕES DE ELEITORES ANALFABETOS

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O número de cidadãos brasileiros analfabetos aptos a votar nas eleições municipais de 2024 é de 5,5 milhões de eleitores. Essa quantidade corresponde a 3,57% de um eleitorado composto por 155,9 milhões de pessoas. Diferentemente de 2020, quando a Bahia tinha o maior número de analfabetos, em 2024, essa posição no ranking coube a Minas Gerais, com 640,6 mil iletrados com título de eleitor.

Em 2020, a Bahia era a unidade da Federação (UF) com mais analfabetos aptos a votar em prefeitos e vereadores. Há quatro anos, 800 mil votantes baianos não sabiam ler nem escrever. Em 2024, são 612,753. Embora o número de analfabetos mineiros tenha reduzido de 750 mil para 640,6 mil, Minas ainda ficou na frente da Bahia nesse quesito.

O mesmo movimento de redução no número de analfabetos aptos a votar ocorreu a nível nacional, nos últimos 12 anos. Enquanto em 2012, 7,7 milhões de brasileiros iletrados tinham título e podiam votar, em 2024, esse número caiu para 5,5 milhões – uma redução de 28%. Em 2020, a quantidade também era maior: 6,5 milhões; ou seja, em comparação ao atual índice, houve uma queda de 15,2%.

O perfil do eleitor para as eleições municipais de 2024 é, em sua maioria, feminino (52%), e 27,04% (42,1 milhões) têm ensino médio completo. Outros 6,41% completaram o ensino fundamental e 22,48% não concluíram essa etapa educacional; 6,59% leem e escrevem, 10,75% têm nível superior completo, e 5,37%, incompleto.

Direito ao voto

Até 1985, quando foi promulgada a Emenda Constitucional nº 25 à Constituição de 1967, os analfabetos não tinham o direito de votar.

O direito chegou a existir durante o período colonial e o império, até ser abolido em 1881. Somente depois de 104 anos, quem não sabe ler ou escrever pôde exercer a democracia e escolher seus governantes por meio do voto.

Uma das mudanças no sistema de voto brasileiro com a inclusão dos analfabetos foi a votação em números. Antes, os eleitores identificavam os candidatos que desejavam votar escrevendo o nome deles por extenso.

A premissa para a mudança é que as pessoas iletradas decoram mais facilmente uma sequência de números do que de letras. A identificação de candidatos e partidos por numerais acabou sendo a base para o sistema da urna eletrônica, que é usada no Brasil desde 1996.

Com informações do portal Metrópoles


CADEIAS DE ÓLEO E GÁS DEVE ATRAIR R$ 4 BI E AMPLIAR OPORTUNIDADES NO RN

REDAÇÃO ITAJÁ TV

A descoberta da margem equatorial e o reaquecimento da exploração onshore tem impulsionado a cadeia de óleo e gás, trazendo uma nova perspectiva econômica para o Rio Grande do Norte. Para o biênio 2024-2026, a previsão é de investimentos na ordem de R$ 15 bilhões no setor, concentrados nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Amazonas, majoritariametne na exploração onshore. Somente no Rio Grande do Norte, com destaque para as regiões do Oeste e Alto Oeste, o setor deve injetar cerca de R$ 4 bilhões em investimentos.

A projeção, baseada em portfólios de grandes empresas do segmento, constam em estudo da Vita Digital, e devem ampliar as oportunidades de novos negócios para empresas fornecedoras de bens e serviços potiguares. Ainda no estudo, Macau e a Salinas Cristal possuem investimentos previstos na ordem de R$ 521,7 milhões e R$ 179,5 milhões, respectivamente. A pesquisa mostra que 90% dos entrevistados apontou que o mercado está em plena retomada.

Segundo o estudo, cerca de R$ 2 bilhões do total serão investidos somente pelas operadoras privadas 3R Petroleum e Petro Victory, em operações no solo potiguar até 2026. Soma-se à lista de oportunidades elencadas no levantamento, investimentos na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com previsão de R$ 5 bilhões; outros R$ 3,4 bilhões, a partir da retomada de operações da Petrobras na Bahia, além da expansão de atividades nos estados do Maranhão e do Amazonas, onde, somente a Petrobras, investirá perto de R$ 3 bilhões.

Segundo o professor e engenheiro Antônio Batista, responsável pela apresentação do estudo, os dados revelam ainda que as oportunidades estarão presentes, também, no descomissionamento, que é a desmontagem de estruturas exploratórias – nicho pouco explorado por empresas potiguares.

“Várias empresas estão com ativos a descomissionar. Esse mercado representa oportunidades que somam R$ 3 bilhões. Um mercado que muitas vezes nem está no radar das empresas fornecedoras, mas que devem ser levados em consideração. Sem considerar o futuro com a Margem Equatorial, com a Petrobras aqui na Bacia Potiguar. Ou seja, temos uma imensa janela de oportunidades no setor”, alerta.
O cenário foi apresentado no Café com Energia, projeto desenvolvido pelo Sebrae Rio Grande do Norte em parceria com a Redepetro RN, realizado a cada dois meses para discutir temas relevantes do setor de óleo e gás, e que reuniu fornecedores de bens e serviços e operadoras.

Margem equatorial
A produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira tem potencial para criar 326.049 novos empregos formais, sendo 54.304 no Rio Grande do Norte, segundo dados levantados pelo Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em estudo inédito sobre o tema. Esse estudo aponta ainda que a extração pode adicionar R$ 65 bilhões ao PIB nacional e acrescentar R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta. No caso do RN, o vlor adicional ao PIB seria de R$ 10,8 bilhões, um acréscimo de 15,9%.

Fornecedores: 67% apontam retomada
No cenário atual, 67% dos fornecedores avaliam que o mercado de óleo e gás já está em plena retomada. As projeções também são positivas no faturamento, que tem expectativa de um crescimento da ordem de 60%. O engenheiro Antônio Batista revela que o Oeste do Rio Grande do Norte, em específico Mossoró, possui o cenário perfeito para impulsionar o setor. Para ele, a vocação na exploração e produção de petróleo e gás, aliada à posição geográfica estratégica do município são pontos decisivos para que empresas locais se sobressaiam frente às oportunidades do mercado.

“Mossoró está muito próxima dessas regiões petrolíferas do Brasil e é muito privilegiada pela posição vocacional, pela grande atividade petrolífera, e está equidistante tanto para a região Sul do Brasil quanto para a região Norte. Portanto, é imprescindível estar em Mossoró”, observa.

O levantamento apresentado por Batista revela que, na produção onshore, a Bacia Potiguar fez 41 mil boe (barril de óleo equivalente) em maio deste ano. Com o investimento previsto, as empresas da região podem crescer em até 30% em relação ao ano passado. “A quantidade de poços, só este ano, furados no Estado chega a 25. E esse é um número, se pegar dos anos anteriores, é um número maior que o acumulado nos últimos cinco anos.”, descreve Batista, citando dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para José Nilo dos Santos, presidente da Redepetro (Associação de empresas fornecedoras de bens e serviços para a cadeia de Petróleo, Gás, Petroquímica e Energia), o estudo mostra que o RN tem muito a contribuir para a indústria brasileira com a produção terrestre de petróleo e gás. “O setor, que tradicionalmente demonstra muita resiliência em transpor desafios, poderia estar a galope se não fosse o persistente descompasso na liberação das licenças ambientais, incontestavelmente importantes. Até mesmo para comprovar que a indústria de óleo e gás é também uma boa cuidadora do meio ambiente”, explicou o presidente da Redepetro.

Rotas de atuação
Diante deste cenário de crescimento, o Sebrae busca rotas para realizar ações que possam beneficiar o pequeno negócio. Para o gestor do Projeto de Petróleo e Gás do Sebrae RN, Robson Matos, os números da pesquisa servem como base para nortear o mercado e definir a área de atuação do Sebrae junto aos fornecedores de bens e serviços da cadeia produtiva.

“A margem equatorial, pelo que já tem descoberto, pode de fato levar o Rio Grande do Norte a um estado relevante na produção do petróleo”, afirmou Robson Matos. O gestor do Sebrae ainda afirma que existe um processo de transição energética em curso e que e essa janela de oportunidades, evidenciada pelo estudo, é curta. Por isso, é necessário celeridade para aproveitar os investimentos e, consequentemente, gere emprego e renda.

“O ideal é que isso se concretize e que a gente possa se aproveitar de todos os investimentos, de todas as ofertas de emprego, da questão do efeito renda, de aumentar a renda das pessoas e, consequentemente, no processo de desenvolvimento do estado”, descreveu Robson Matos.

Robson Matos ainda descreve que o RN possuía quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB) resultante da produção de óleo e gás. Com a previsão de investimento na casa dos bilhões, a expectativa é que este segmento volte a ser um pilar expressivo na economia potiguar. “Toda a riqueza que é gerada em termos de royalties, em emprego, participação do endereço de petróleo no PIB e é nesse contexto que o Sebrae entra nesse processo para preparar o pequeno negócio para que eles aproveitem essas oportunidades da melhor forma possível”, afirma o gestor Sebrae.

Para descrever o processo do desenvolvimento da economia local, Robson Matos esclarece que os setores são alinhados e que, desta forma, o investimento de grandes empresas impactam em pequenos negócios. “As empresas locais, que têm essa expertise, elas fornecem desde materiais, equipamentos para posse, como também são empresas de serviços geológicos, para perfuração de posse, na comercialização de EPIs, por exemplo. Os investimentos dessas grandes empresas, consequentemente, geram oportunidades para os pequenos negócios que automaticamente são geradores de novos empregos, a partir desse aquecimento”, acrescenta o gestor do Sebrae.

Política específica para fomento da exploração do petróleo e gás
Para assegurar que os investimentos sejam executados no Estado, Antônio Batista salientou sobre a necessidade de celeridade nas emissões de licenças ambientais. “No Brasil, é um dos principais problemas nossos essa questão ambiental, porque você ganha, você compra o campo, você paga pro leilão o direito de explorar e o mesmo governo que te vende a área, é o mesmo governo que lá depois vai dizer assim, ah, mas eu não vou liberar o licenciamento”, afirmou o especialista.

O engenheiro ainda explica que é necessário criar um sistema de políticas integradas para desenvolver processos específicos para a produção e exploração do petróleo e gás. “O Rio Grande do Norte poderia avançar muito. O Estado poderia liderar, sair na frente, identificar quais são as boas práticas internacionais, quais são as boas práticas do país, criar um pré-licenciamento das áreas, de forma que esse tema não seja empecilho na hora de investir”, exemplifica Antônio Batista.

Nesse sentido, o especialista afirma que há a necessidade de emitir um pré-licenciamento antes de efetuar a venda de um campo: “O mundo todo trabalha diferente, ele pré-licencia tudo e depois vende. Quando você só compra, já está licenciado. Então, já é certeza de que ia ter que ter um programa licenciado”. Para Batista, essa é uma das ferramentas que podem ser implementadas para que o RN tenha vantagem em relação aos outros estados.


TRIBUNA DO NORTE 


APÓS APAGÃO, PACHECO DEFENDE REGULAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


REDAÇÃO ITAJÁ TV

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou nesta sexta-feira (19) o apagão cibernético global que impactou sistemas operacionais de empresas e serviços de diversos países, incluindo companhias aéreas, bancos, hospitais e canais de mídia. Uma falha na atualização de conteúdo relacionada ao sensor de segurança CrowdStrike Falcon, que serve para detectar possíveis invasões de hackers, e é utilizado por empresas como a Microsoft, proprietária do Windows – usado largamente em computadores – foi a causa da pane, que gerou caos em aeroportos da América do Norte e Europa.

O Brasil também foi atingido, com falhas em aplicativos bancários e sistemas de hospital, mas em muito menos escala do que em outros continentes.

“Causa-nos apreensão os efeitos do apagão cibernético que atingiu operações de transporte, saúde e bancárias em regiões do planeta e no Brasil. Que os responsáveis atuem de maneira célere e transparente para o restabelecimento dos serviços e, principalmente, da segurança adequada aos usuários. A conectividade contribui para a amplitude de serviços essenciais do cotidiano. Mas quando há uma falha, a reação em cadeia é prejudicial a milhares de pessoas.”, afirmou Pacheco, em declaração oficial.

Autor do projeto que regulamenta a inteligência artificial no Brasil (PL 2.338/2023), Pacheco pediu que o país aprove uma legislação para o setor. A própria empresa CrowdStrike, empresa responsável pela falha nos sistemas Windows, utiliza inteligência artificial no aperfeiçoamento dos seus serviços de segurança cibernética.

“Esse ambiente nos alerta para os riscos da segurança cibernética, e nos lembra ser essencial a regulamentação da inteligência artificial, projeto de minha autoria, para que tenhamos um cenário mais claro, seguro e adequado em relação ao uso de ferramentas virtuais e seus efeitos práticos sobre a sociedade”, acrescentou.

Agência Brasil


CONVENÇÕES INICIAM E CANDIDATURAS SÃO OFICIALIZADAS NO RN

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte – 575.707 eleitores, Natal conta com 23 partidos aptos, segundo dados da Justiça Eleitoral, a disputarem as eleições de prefeitos e vereador em 6 de outubro deste ano.
A partir de agora, os partidos têm duas semanas para homologação dos nomes dos candidatos aos cargos majoritários e proporcionais para o primeiro turno das eleições municipais, nas convenções, que começaram no sábado (20, e vão até 5 de agosto, em todos os 167 municípios do Estado.


O Podemos é o terceiro partido político a oficializar, neste domingo (21), apoio à coligação majoritária a ser liderada por União Brasil/Republicanos na capital. PSDB e PP largaram na frente, já no sábado (20), oficializaram as chapas que vão concorrer aos 29 cargos de vereadores da Câmara Municipal.


A convenção do Podemos começa às 8 horas deste domingo (21), no Centro Municipal de Referência em Educação (Cemure), situado na avenida Coronel Estevam, 3897, em Nazaré, Zona Oeste da cidade.


O presidente estadual do Podemos, senador Styvenson Valentim, diz que desde 2023, já havia decidido apoiar Paulinho Freire à sucessão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), primeiro por incorporar uma linha oposicionista anti-PT e anti-esquerda e representar uma linha de centro-direita e, em segundo lugar, por ser a pessoa que também pode ajudá-lo a fazer em Natal, “o que já estamos fazendo pelo Rio Grande do Norte”.


“Nós queremos fazer por Natal muito mais do que já estamos fazendo, então o Paulinho é a minha opção para isso, ele é importantíssimo nesse fortalecimento, até para 2026, para que a gente tire e a esquerda do Rio Grande do Norte, por isso a gente precisa passar por esse momento e na minha percepção, Paulinho é o melhor que tem para Natal”, posicionou Valentim.


Outros dois partidos integrantes da aliança política de seis legendas que está sendo formalizada em apoio às pré-candidaturas do deputado federal Paulinho Freire (União) e da ex-secretária municipal de Planejamento, Joana Guerra (Republicanos), a prefeito e vice-prefeita de Natal, PSDB e PP largaram na frente, já no sábado, oficializando as chapas que vão concorrer aos 29 cargos de vereadores da Câmara Municipal.


A convenção do União Brasil ocorrerá no sábado (3 de agosto), no Palácio dos Esportes Djalma Maranhão, em Petrópolis, evento político mais festivos para receber militantes, filiados e candidatos de partidos aliados, como PL e Republicanos, que fazem convenções cartoriais no mesmo dia e se juntam a PSDB, PP e PODE na oficialização da chapa majoritária Paulinho Freire/Joana Guerra.


Também existe a possibilidade do Solidariedade passar a integrar essa aliança, pois uma corrente do partido defende apoio a Paulinho Freire, por ter se exaurido, praticamente, as conversas com o PSD em torno da indicação do ex-deputado estadual Kelps Lima para companheiro de chapa do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves.


O SDD está ouvindo os deputados estaduais Luiz Eduardo e Cristiane Dantas e ainda o ex-deputado e ex-vice-governador Fábio Dantas, para uma tomada de posição até a quarta-feira (24), quando ocorre sua convenção entre 9 e 13 horas, no Tirol Office, na avenida Afonso Pena.

Registros são até dia 15 de agosto

Ao fim das convenções, abre-se o prazo para os partidos políticos, federações e coligações requererem os registros de candidaturas aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador até às 8 horas, por transmissão via internet, ou até às 19 horas em mídia entregue nos cartórios eleitorais, inclusive no interior, até 15 de agosto, sendo que os partidos e federações podem celebrar coligações apenas para a eleição majoritária.


Desde 2017, não é mais possível fazer coligação em eleições proporcionais (disputa para as vagas de vereadores e deputados estaduais e federais). Apenas partidos que já estejam unidos em federações poderão disputar essas vagas de forma conjunta.


Cada partido, federação ou coligação poderá registrar apenas uma pessoa aos cargos de prefeita ou prefeito e seus respectivos vices. Já na eleição para vereador, poderá lançar até 100% do número de lugares a preencher mais uma candidata ou candidato, conforme a Resolução nº 23.609/2019, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


As convenções podem ser realizadas de forma presencial, virtual ou ter formato híbrido. Partidos e federações podem usar gratuitamente prédios públicos, desde que comuniquem os responsáveis pelo local com antecedência mínima de uma semana. As deliberações devem seguir a legislação eleitoral e as normas previstas nos estatutos dos partidos e federações.


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou, já na terça-feira (9), o Sistema de Candidaturas – Módulo Externo (CANDex) 2024, por meio do qual os partidos enviam à Justiça Eleitoral os requerimentos de registro das candidaturas, definidas em convenções. O sistema é obrigatório para todos os tipos de pedido (coletivo, individual, vaga remanescente, substituição e para o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários sem candidato – DRAP).


No caso de federação, a convenção deve ocorrer de forma unificada, dela devendo participar todos os partidos políticos que tenham órgão de direção partidária na circunscrição.


A ata e a respectiva lista de presença deverão ser lavradas em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, que poderá ser requerido para conferência da veracidade das informações apresentadas.

Partidos aptos à eleição em Natal

·         Avante

·         Republicanos

·         Podemos

·         Progressistas

·         Solidariedade

·         União Brasil

·         PDT

·         PT

·         MDB

·         PSTU

·         REDE

·         PL

·         DC

·         PRTB

·         PCO

·         PMB

·         PSB

·         PV

·         PSDB

·         PSOL

·         PSD

·         PC do B

·         UP

 


MAUS-TRATOS CONTRA ANIMAIS CRESCEM 95% EM DOIS ANOS

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Violência física contra cães e gatos, abandono de animais, negação de atendimento veterinário e atropelamento são comuns no noticiário e revelam a face de um problema muito amplo: o número de maus-tratos contra animais é crescente. No Rio Grande do Norte, dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social apontam um aumento de 95,8% entre 2021 e 2023 nesse índice.

Em 2024, até 17 de julho, havia o registro de 233 casos de maus-tratos de animais, divididos entre situações com morte (51); experiências cruéis, ainda que com fins didáticos ou científicos (1); contra diversas espécies animais (125); e contra cães e gatos (56). Os números são do sistema de Procedimentos Policiais Eletrônicos (PPE) da Polícia Civil do RN.

Contudo, ainda há subnotificação de ocorrências de maus-tratos, e as denúncias nem sempre são feitas, indicam especialistas. A sociedade dispõe de diversos métodos para denunciar esses crimes, inclusive de forma anônima. Uma vez resgatados de situações de maus-tratos, os animais dependem de organizações não governamentais (ONGs) para ter abrigo, alimentação e passar por adoção responsável, pois o Estado ainda não dispõe dessa estrutura, conforme afirma a delegada Danielle Filgueira.

Além disso, segundo a advogada Juliana Rocha, presidente nacional da Comissão de Proteção e Defesa Animal do Conselho Federal da OAB, existe uma crença no senso comum de que os crimes contra animais ficam impunes. Essa opinião dificulta o atendimento dos casos e a punição dos maus-tratos porque “a autoridade policial só vai agir quando tiver conhecimento [de um suposto crime]”, diz ela.

No caso desses crimes, conforme ela, “existe uma necessidade de melhor estruturação dos agentes de segurança para que eles possam atuar”. Juliana pontua que a capital potiguar só tem uma delegacia especializada em direito animal, a qual divide as atribuições com a área de turismo, a Demaatur (Delegacia Especializada de Defesa ao Meio Ambiente e Assistência ao Turista).

Quanto à legislação aplicável nessa temática, Juliana destaca a Constituição Federal, que, em seu artigo 225, defende que o Estado e a sociedade devem combater a crueldade contra animais, e a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), atualizada com a Lei nº 14.064/2020. Essa atualização aumentou as penas, que são de 2 a 5 anos, para os maus-tratos contra cães e gatos.
Apesar desse avanço, a pena para quem maltrata outros animais não tem a mesma gravidade. “Para animais que não sejam cães e gatos, como aves e cavalos, essa pena é de detenção de três meses a um ano, ou seja, uma pena menor, e isso impacta muito nos resultados. Porque, quando eu tenho aquela pena maior [5 anos], se a pessoa for presa, não cabe fiança, não cabe transação penal”, explica Juliana. A penalidade cresce de um sexto a um terço em caso de morte da vítima.
O cenário tem apresentado melhorias com o debate proposto pela causa animal, avalia Juliana. Para ela, deve haver uma mudança cultural: “A gente precisa evoluir enquanto sociedade, fazer uma discussão cultural, entender que esses animais fazem parte da sociedade, possuem direitos e merecem ser protegidos de todas as searas”.
Nesse sentido, duas se destacam no RN e em Natal. No Estado, a Lei nº 11.056/2021 determina que todas as escolas da rede pública de ensino estadual devem ter debates, palestras e seminários sobre direito animal. Já o prefeito Álvaro Dias sancionou, nesta semana, a Lei nº 7.733/2024, que “proíbe o exercício de cargo, emprego ou função na Administração Pública da Cidade de Natal por pessoa condenada pelo crime de maus-tratos contra animais”.

Números de maus-tratos no RN

·         2021 – 194

·         2022 – 314

·         2023 – 380

·         2024 – 233 (até 17 de julho)

Como denunciar
As pessoas ouvidas pela reportagem destacam a relevância de a sociedade denunciar os maus-tratos para que eles não ocorram mais. A Demaatur reforça que as testemunhas gravem e registrem fotografias das agressões. O envio pode ser anônimo, e não é preciso comparecer à delegacia para denunciar. A seguir, estão os contatos e os meios para notificar casos de maus-tratos e crueldade animal.

O Disque Denúncia da Polícia Civil: 181. Em Natal, a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) recebe denúncias, que podem ser anônimas, por meio de sua Ouvidoria. As notificações podem ser feitas de segunda a sexta, das 8h às 14h, pelo telefone (84) 3616-9829 ou pelo e-mail: ouvidoria.semurb@natal.rn.gov.br. À noite, nos fins de semana e feriados, ligar para 190 (Ciosp) ou 181 (Polícia Civil).



Cenário é desafiador para a polícia

A delegada da Demaatur, Danielle Filgueira, avalia que a legislação precisa evoluir “um pouquinho”. “A gente tem os casos de atropelamento a animais em que a pessoa foge da cena. Isso ainda não é crime”, exemplifica. Não é crime se for comprovada a falta de intenção. “Existem projetos de lei para isso. Mas ainda não é crime. Diferente de você propositadamente atropelar um animal, como teve um caso recente em João Câmara”, completa.

Ela reforça a importância da lei contra maus-tratos de cães e gatos. “É até severa, porque a pena máxima é de cinco anos. Então, isso faz que a gente não consiga arbitrar fiança. Quem abandona ou maltrata animais, se for pego em flagrante, fica preso”.

Danielle pede que a sociedade denuncie e que registre os casos. “Quando denunciar, o que a gente sempre orienta às pessoas é filmar. Porque, às vezes, quando a denúncia chega pra gente, já se passaram dois, três dias, e a gente não consegue mais prender aquela pessoa em flagrante, por conta do tempo. Mas, se a pessoa que visualizou, gravou um vídeo da agressão, isso daí é prova para o nosso inquérito”, frisa. No caso do abandono de animais em que a pessoa usa transporte, se o cidadão vir a cena, a Demaatur orienta que tire foto da placa e encaminhe por meio do 181.

O entendimento do que configura crime de maus-tratos é amplo: “Não é só você bater. Se você ferir o cão ou gato, se deixar um animal sem acesso à água, à comida, isso também configura maus-tratos”, explica Danielle.

Além disso, a delegada diz que as ONGs de defesa animal exercem um papel essencial, trabalhando em parceria com a Polícia Civil. “O maior problema, hoje, da polícia é que a gente não tem lugar para colocar esses animais [resgatados]. No cenário ideal, o Estado teria que oferecer um lugar para que, quando a polícia resgatasse esses animais, que os animais fossem para lá. Era para a gente ter um hospital público veterinário [para encaminhar as vítimas]. Mas a gente fica sempre dependendo desse apoio das ONGs”, compartilha.

ONGs pedem mais apoio para a causa

Uma das organizações é a ONG Patamada, que atua em Natal há 20 anos e foi a primeira legalizada, segundo contam seus administradores, Drica Lima e Henrique Knopik. A iniciativa foi da mãe de Henrique, a enfermeira Elenice, que morreu em 2017, deixando o legado de uma ONG que atua desde o resgate de animais vítimas de crueldade e maus-tratos até o destino de uma adoção responsável.

Henrique explica que o foco da Patamada (no Instagram, @patamadaong) são os animais de rua, “que estejam debilitados, precisando de cuidado. A gente resgata eles, trata, castra, vacina e põe para adoção”. A sobrevivência da ONG existe por meio da renda do próprio casal – os dois são auxiliares veterinários – e de doações. Não há ajuda do poder público, mas muitos políticos, conta Drica, aproveitam-se da causa animal.

Eles precisam de ração e produtos de limpeza, além de tratamentos quando os animais estão feridos. Um dos maiores desafios, além de financeiro, é a parte da adoção, pois há casos de pessoas que pedem o animal, passam pelo processo de adoção responsável e mesmo assim devolvem ao abrigo ou abandonam. Abandono é um tipo de maus-tratos muito recorrente, observa Knopik.

“A adoção é bem sofrida, porque para a gente conseguir adoção de qualidade para um vira-latinha é ralado”, afirma Drica. O trabalho é delicado, sensível e psicologicamente pesado, pois eles lidam com diversas situações cruéis e violentas. Drica diz que há os maus-tratos ocultos, mas outros, como os animais que sofrem carregando carroças, “são expostos bem na cara da gente”. A prática é proibida em Natal desde 2017.

Contudo, a internet pode ter contribuído com o aumento das denúncias. “Graças à divulgação das redes sociais, estão sendo muito mais claros os maus-tratos que os animais vêm sofrendo, pelo menos em comparação com o que a gente presenciava antes”, comemora.

“A gente pede o apoio à sociedade, que denuncie os maus-tratos. Porque nós sozinhos somos uma gotinha no oceano, mas a gente procura fazer a diferença”, conclui Drica. “A gente espera que, de degrau em degrau, realmente chegue num patamar que os animais sejam [cuidados] de forma igualitária. Eles sentem dor, medo e precisam, sim, de cuidados”.

Cenário é desafiador para a polícia

A delegada da Demaatur, Danielle Filgueira, avalia que a legislação precisa evoluir “um pouquinho”. “A gente tem os casos de atropelamento a animais em que a pessoa foge da cena. Isso ainda não é crime”, exemplifica. Não é crime se for comprovada a falta de intenção. “Existem projetos de lei para isso. Mas ainda não é crime. Diferente de você propositadamente atropelar um animal, como teve um caso recente em João Câmara”, completa.

Ela reforça a importância da lei contra maus-tratos de cães e gatos. “É até severa, porque a pena máxima é de cinco anos. Então, isso faz que a gente não consiga arbitrar fiança. Quem abandona ou maltrata animais, se for pego em flagrante, fica preso”.

Danielle pede que a sociedade denuncie e que registre os casos. “Quando denunciar, o que a gente sempre orienta às pessoas é filmar. Porque, às vezes, quando a denúncia chega pra gente, já se passaram dois, três dias, e a gente não consegue mais prender aquela pessoa em flagrante, por conta do tempo. Mas, se a pessoa que visualizou, gravou um vídeo da agressão, isso daí é prova para o nosso inquérito”, frisa. No caso do abandono de animais em que a pessoa usa transporte, se o cidadão vir a cena, a Demaatur orienta que tire foto da placa e encaminhe por meio do 181.

O entendimento do que configura crime de maus-tratos é amplo: “Não é só você bater. Se você ferir o cão ou gato, se deixar um animal sem acesso à água, à comida, isso também configura maus-tratos”, explica Danielle.

Além disso, a delegada diz que as ONGs de defesa animal exercem um papel essencial, trabalhando em parceria com a Polícia Civil. “O maior problema, hoje, da polícia é que a gente não tem lugar para colocar esses animais [resgatados]. No cenário ideal, o Estado teria que oferecer um lugar para que, quando a polícia resgatasse esses animais, que os animais fossem para lá. Era para a gente ter um hospital público veterinário [para encaminhar as vítimas]. Mas a gente fica sempre dependendo desse apoio das ONGs”, compartilha.

ONGs pedem mais apoio para a causa

Uma das organizações é a ONG Patamada, que atua em Natal há 20 anos e foi a primeira legalizada, segundo contam seus administradores, Drica Lima e Henrique Knopik. A iniciativa foi da mãe de Henrique, a enfermeira Elenice, que morreu em 2017, deixando o legado de uma ONG que atua desde o resgate de animais vítimas de crueldade e maus-tratos até o destino de uma adoção responsável.

Henrique explica que o foco da Patamada (no Instagram, @patamadaong) são os animais de rua, “que estejam debilitados, precisando de cuidado. A gente resgata eles, trata, castra, vacina e põe para adoção”. A sobrevivência da ONG existe por meio da renda do próprio casal – os dois são auxiliares veterinários – e de doações. Não há ajuda do poder público, mas muitos políticos, conta Drica, aproveitam-se da causa animal.

Eles precisam de ração e produtos de limpeza, além de tratamentos quando os animais estão feridos. Um dos maiores desafios, além de financeiro, é a parte da adoção, pois há casos de pessoas que pedem o animal, passam pelo processo de adoção responsável e mesmo assim devolvem ao abrigo ou abandonam. Abandono é um tipo de maus-tratos muito recorrente, observa Knopik.

“A adoção é bem sofrida, porque para a gente conseguir adoção de qualidade para um vira-latinha é ralado”, afirma Drica. O trabalho é delicado, sensível e psicologicamente pesado, pois eles lidam com diversas situações cruéis e violentas. Drica diz que há os maus-tratos ocultos, mas outros, como os animais que sofrem carregando carroças, “são expostos bem na cara da gente”. A prática é proibida em Natal desde 2017.

Contudo, a internet pode ter contribuído com o aumento das denúncias. “Graças à divulgação das redes sociais, estão sendo muito mais claros os maus-tratos que os animais vêm sofrendo, pelo menos em comparação com o que a gente presenciava antes”, comemora.

“A gente pede o apoio à sociedade, que denuncie os maus-tratos. Porque nós sozinhos somos uma gotinha no oceano, mas a gente procura fazer a diferença”, conclui Drica. “A gente espera que, de degrau em degrau, realmente chegue num patamar que os animais sejam [cuidados] de forma igualitária. Eles sentem dor, medo e precisam, sim, de cuidados”.

 


JOE BIDEN DESISTE DA CANDIDATURA Á REELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DOS EUA

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que desistiu da candidatura à reeleição. O comunicado foi realizado por meio de publicação nas redes sociais neste domingo (21), na qual ele destacou realizações de sua gestão e esclareceu que ainda nesta semana vai dar detalhes sobre os motivos da desistência de concorrer à presidência.

Esta é primeira vez que um presidente dos EUA desiste de uma corrida de reeleição em décadas. “Embora tenha sido minha intenção de buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país para renunciar e concentrar-me exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu prazo”, informou Biden.

O anúncio de Biden segue-se a uma onda de pressão pública e privada de parlamentares democratas e membros ​​do partido para que ele desistisse da corrida após desempenho fraco em um debate televisivo no mês passado contra o rival republicano Donald Trump.

Em postagem se dirigindo aos colegas do Partido Democrata, o presidente dos EUA diz que apoia e endossa a indicação da vice-presidente, Kamala Harris para enfrentar Donald Trump. “Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano”.

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse à CNN neste domingo que acha que será mais fácil derrotar a vice-presidente, Kamala Harris, nas eleições de novembro do que seria derrotar o presidente democrata, Joe Biden.

Confira comunicado completo:

Meus companheiros americanos,
Nos últimos três anos e meio, fizemos grandes progressos como Nação.
Hoje, a América tem a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos em reconstruir nossa nação, na redução dos custos de medicamentos prescritos para idosos e na expansão cuidados de saúde acessíveis a um número recorde de americanos. Fornecemos cuidados extremamente necessários a um milhão de veteranos expostos a substâncias tóxicas. Aprovamos a primeira lei de segurança de armas em 30 anos. Nomeamos a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E passamos mais legislação climática significativa na história do mundo. A América nunca esteve melhor posicionada para liderar do que estamos hoje.


Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, povo americano. Juntos, nós superamos uma pandemia que ocorre uma vez a cada século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos a nossa democracia. E nós revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo o mundo.


Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção de buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país para renunciar e concentrar-me exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu prazo.
Falarei à Nação ainda esta semana com mais detalhes sobre minha decisão.


Por enquanto, deixe-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tanto para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todos Este trabalho. E deixe-me expressar meu sincero apreço ao povo americano pela fé e confiança que você depositou em mim.


Acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer quando o fazemos junto. Só temos que lembrar que somos os Estados Unidos da América.

G1RN