Mais de 95% das pessoas que participaram das festas
juninas pretendem voltar em 2025
Em 2024, o São João em Mossoró e Assú, as duas maiores cidades do oeste potiguar,
atraíram aproximadamente dois milhões de pessoas. De acordo com pesquisas do
Instituto Fecomércio RN (IFC), o movimento gerado pelas festas juninas injetou
mais de R$ 456 milhões na economia dos municípios: sendo cerca de R$ 358,5
milhões, em Mossoró; e aproximadamente R$ 98 milhões, em Assú.
Em Mossoró, os empresários dos segmentos do Comércio,
Serviços e Turismo, tiveram acesso aos números apresentados nesta terça-feira
(23), pelo diretor de Inovação e Competitividade da Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), Luciano Kleiber. Para o presidente do Sindicato do Comércio
Varejista de Mossoró, Michelson Frota, o resultado das pesquisas reforça o
potencial econômico dos festejos juninos.
“O São João é um período muito aguardado não apenas por
quem vai festejar, mas também pelas milhares de pessoas que dependem do
comércio local. O resultado da pesquisa do Instituto Fecomércio RN é mais uma
amostra desse impacto grandioso das festas juninas, que usam a cultura para
fomentar a economia e beneficiam principalmente os nossos pequenos
empreendedores”, ressaltou Michelson.
Faturamento dos negócios de Mossoró cresceu
mais de 66%
De acordo com a pesquisa do IFC, a maior parte das
pessoas que participaram do Mossoró Cidade Junina pertence ao sexo masculino
(55,3%), tem de 16 a 24 anos de idade, possui ensino superior completo, vive
com renda família de 2 a 5 salários mínimos e foi à festa com amigos. Além
disso, cerca de 49,3% eram visitantes ou turistas – que viajaram principalmente
das cidades de Natal (12,6%), Fortaleza (3%) e Assú (2,9%).
As atrações (96,3%), a divulgação (96,2%), a organização
(93,8%) e a segurança (90,1%) foram os itens mais elogiados pelos participantes
da festa, que avaliaram o São João de Mossoró com uma média geral de 9,37. A
satisfação do público também pode ser observada pelo faturamento médio diário
dos negócios locais, que saltou de R$ 2.781,67 para R$ 4.635,97 (+66,7%) desde
a última edição do evento.
Para aproveitar o movimento gerado pela festa, os
negócios da capital do oeste investiram em média R$ 14.584,34 – um aumento de
41% em comparação a 2023, quando o valor investido foi de R$ 10.330,92. Ampliação
de estoque (34,2%), aumento na variedade de produtos (32,2%) e contratação de
funcionários (14,4%) foram as principais melhorias realizadas pelos
empreendedores mossoroenses.
Negócios de Assú receberam média de 169
clientes por dia
Assim como em Mossoró, a maior parte de quem participou
do São João da Princesa do Vale pertence ao sexo masculino (63,8%). Além disso,
a maioria tem de 35 a 59 anos de idade (47,5%), possui ensino médio completo
(50,7%), vive com renda de 2 a 5 salários mínimos (49,3%) e foi à festa com a
família (76,1%). Cerca de 57,3% eram visitantes ou turistas, que saíram
principalmente de Natal (14,3%) e Mossoró (5,2%).
O grande volume de residentes e turistas visitando Assú
durante o São João resultou num faturamento médio diário de R$ 4.858,17 – um
aumento de 28,1% em relação ao valor registrado em 2023, quando cada negócio do
município faturou aproximadamente R$ 3.792,93 por dia de festa. Para atender a
demanda, os empreendedores locais adotaram principalmente estratégias de
divulgação (49%) e promoções (39%).
“A pesquisa do IFC mostrou, mais uma vez, que a cultura
pode ser uma grande aliada dos negócios locais. Só quem vive do comércio e tem
uma pequena empresa sabe como é difícil atrair 169 clientes por dia, mas o São
João de Assú proporcionou isso. No ano passado, que já tinha superado nossas
expectativas, a média foi de 142 clientes”, destacou o presidente do Sindicato
do Comércio Varejista de Assú, Francisco de Assis Barbosa.
Metodologia – Para mapear o perfil dos participantes e a percepção
dos empresários do São João de Assú e de Mossoró, o Instituto Fecomércio RN
entrevistou centenas de pessoas. Em Assú, o IFC ouviu 200 empreendedores e 600
participantes. Na capital do Oeste, 200 empresários e 700 participantes foram
entrevistados. O nível de confiança de ambas pesquisas é de 95% com margem de
erro de três pontos percentuais.