O candidato à Prefeitura de São Paulo, empresário e ex-coach, Pablo
Marçal (PRTB), protagonizou um bate-boca com o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL), seu até então aliado político e a quem Marçal buscou apoio diversas vezes
para sua campanha. A troca de farpas ocorreu no perfil do Instagram de
Bolsonaro no início da tarde desta quinta-feira, 22.
O empresário comentou em uma postagem de Bolsonaro com a frase: “Pra
cima capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. Em poucos
minutos, Bolsonaro respondeu: “Nós? Um abraço”.
Marçal rebateu a invertida do ex-presidente e, numa tréplica, publicou
um “textão”: lembrou Bolsonaro que doou R$ 100 mil para a sua campanha de
reeleição à Presidência em 2022, além de tê-lo ajudado nas estratégias
digitais, fazendo Bolsonaro gravar “mais de 800 vídeos” no Palácio do Planalto.
Apesar do constrangimento público, o ex-coach resolveu aproveitar o
embate como material de campanha. A assessoria de imprensa dele compartilhou
prints das mensagens, capturados segundos depois da resposta ser enviada, na
lista de transmissão com jornalistas, dando destaque à polêmica: “Pablo Marçal
e Jair Bolsonaro discutem em postagem do Instagram”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do
ex-presidente, também entrou no entrevero. Na postagem, o filho “03” saiu em
defesa do pai, questionando Marçal sobre a campanha presidencial de 2022,
quando o empresário disse, segundo ele, que a diferença entre Lula e Bolsonaro
“é que um dele tem um dedo a menos”.
“Só acordou agora? Tá parecendo até o Mourão”, cutucou o deputado. Nesta
manhã, Marçal publicou uma foto com o filho do presidente em seu perfil no X
(antigo Twitter), afirmando que o deputado federal será “o nosso senador em
2026”.
Em outra rede social, o advogado da família entrou na discussão, saindo
em defesa de Bolsonaro sobre as alegações de Marçal referente a supostos
valores doados na campanha presidencial. Fabio Wajngarten escreveu em seu
perfil do X que o ex-presidente “não pediu doação para ninguém durante o
período eleitoral”, disparando que assessores que “ora acompanham candidatos
que buscam se valer de atributos do presidente” deveriam “proteger a marca
‘Bolsonaro'”.
Estadão Conteúdo