02 setembro 2024
Polícia prende foragido por homicídio em vaquejada de Santo Antônio
A “Operação Ecos da Vingança”, deflagrada pela Polícia Civil do Rio
Grande do Norte em conjunto com a Polícia Civil da Paraíba, culminou na prisão
de um homem de 24 anos, foragido por homicídio, neste sábado (31). O suspeito,
investigado pela morte de João Vitor Bento da Costa, conhecido como “Vaqueiro”,
de 19 anos, foi detido em Cuité, na Paraíba, após uma investigação minuciosa
que durou seis meses.
João Vitor foi assassinado durante uma vaquejada em Santo Antônio, no
dia 28 de janeiro de 2024, crime que chocou a comunidade local. A operação
envolveu o trabalho coordenado da 66ª Delegacia de Polícia de Santo Antônio, do
1º Núcleo de Investigação Qualificado (NIQ), e do Grupo Tático Especial da
Polícia Civil da Paraíba.
Além de ser investigado pelo homicídio de João Vitor, o caso ganhou
notoriedade nacional após o duplo assassinato de Janielson Nunes de Lima, de 25
anos, e sua advogada Brenda Oliveira, de 26 anos, em 30 de janeiro de 2024,
também em Santo Antônio. Janielson, suspeito de envolvimento na morte de João
Vitor, foi morto juntamente com sua advogada em um crime que, segundo a
polícia, foi motivado por vingança.
As investigações indicam que o duplo homicídio foi arquitetado por
familiares e amigos do vaqueiro. Em resposta, a Polícia Civil do Rio Grande do
Norte lançou a “Operação Jus Puniendi” em 30 de abril de 2024, prendendo oito
suspeitos ligados a um grupo de extermínio na região, incluindo um policial
militar que estava na ativa. Durante a operação, além das prisões, um arsenal
foi apreendido.
O nome “Ecos da Vingança” faz referência ao duplo homicídio que resultou
na morte de duas pessoas inocentes, vítimas de uma busca equivocada por
justiça. O caso continua sob investigação, com a polícia se concentrando em
desmantelar o grupo responsável pelos crimes na região.
Grupos ligados ao PCC usaram lojas de carros, fazendas e e até igrejas para lavar dinheiro no RN
Empresas de fachada, lojas de carro, fazendas e abertura de igrejas
evangélicas. Grupos ligados a maior facção criminosa do Brasil, o Primeiro
Comando da Capital (PCC), encontraram diversos mecanismos para lavar dinheiro
oriundo das ações criminosas no Rio Grande do Norte. Segundo investigações
obtidas pela TRIBUNA do NORTE, os grupos utilizaram métodos conhecidos e em um
dos casos, chegou a contratar um lavador de dinheiro profissional para cuidar
do caixa do núcleo criminoso.
Ao todo, uma das denúncias aponta para tentativa de lavagem de pelo
menos R$ 23 milhões. Em pelo menos duas investigações, coordenadas pela Polícia
Civil e Ministério Público do RN, foram obtidos bloqueios judiciais de pelo
menos R$ 14,7 milhões de grupos ligados ao PCC.
A realidade da lavagem de dinheiro do PCC e de grupos criminosos não é
única no RN, sendo um fenômeno nacional. Recentemente, em uma agenda em Nova
York o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que
o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem 1.100 postos de gasolina e começou a
comprar usinas de etanol no Brasil. Combater o avanço de facções e da milícia
no setor dos combustíveis é um dos principais problemas do setor.
Além destes casos, há pelo menos duas situações de suspeita de lavagem de
dinheiro de grupos ligados ao PCC no Rio Grande do Norte. Segundo fontes
ligadas às investigações e especialistas em segurança pública, a lavagem é uma
forma de se dissimular o dinheiro e fazer com que os grupos expandam suas ações.
“A principal razão para a lavagem de dinheiro pelo PCC é ocultar a origem
ilícita dos recursos financeiros. Ao fazer isso, o grupo tenta mascarar o
verdadeiro caminho do dinheiro, fazendo com que ele pareça legítimo e
dificultando a atuação das autoridades.
Outra motivação é evitar a perda de ativos: dinheiro com origem
criminosa está sempre sob o risco de ser confiscado pelas forças de segurança,
e lavá-lo é uma maneira de protegê-lo de ser apreendido”, explica o
especialista em Segurança Pública e pesquisador de temáticas ligadas à
criminalidade e sistema prisional do RN e do Brasil, Francisco Augusto Cruz.
Ainda segundo o especialista, que é professor do IFRN e UAB, o grupo paulista
utiliza vários métodos para lavar dinheiro sendo o mais comum deles a
estruturação, que consiste em dividir grandes somas de dinheiro em transações
menores para evitar a detecção por autoridades financeiras. Empresas de fachada
também são utilizadas, onde o grupo cria negócios que parecem legítimos para
justificar a entrada de dinheiro ilícito.
“O sucesso do PCC na lavagem de dinheiro é facilitado por uma rede de contatos
bem estabelecida, incluindo associados e colaboradores que ajudam a movimentar
o dinheiro por diferentes canais. A corrupção também desempenha um papel
crucial; funcionários públicos corrompidos podem fornecer proteção e facilitar
a ocultação das atividades financeiras ilícitas do grupo”, acrescenta.
Recentemente, em 2021, o MP Estadual criou o Núcleo de Informações Patrimoniais
(NIP), que tem como objetivo aprimorar as investigações de suspeitas de lavagem
de dinheiro no Estado, incluindo ações do crime organizado armado. “Esse núcleo
tem como inovação juntar o pessoal que trabalha com a execução das operações
com a análise. Com o núcleo tentamos conjugar essa análise com atividades de
campo”, explica fonte ligada as investigações. Ao todo, o NIP avaliou R$ 1,4
bilhão e obteve bloqueio de R$ 34 milhões de ações provenientes de lavagem de
dinheiro.
Operações
Recentemente no Estado, duas grandes operações cumpriram mandados e
ofereceram denúncia à Justiça por associação criminosa e lavagem de dinheiro
proveniente do tráfico de drogas.
Segundo documentos e denúncias obtidas pela TN, os grupos se valem de empresas
fantasma e de fachada, lojas de veículos automotivos, fazendas e até abertura
de igrejas para lavar os lucros do tráfico de drogas.
É o caso da Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023. Na época, a
apuração era de lavagem de dinheiro de R$ 23 milhões provenientes do tráfico. A
dissimulação era feita com aquisição e compra de imóveis, distribuição de
numerário, fracionamento de depósitos não identificados e pagamentos de contas.
“Eles utilizavam CNPJs falsos, empresas de fachada e fantasma. A empresa
fantasma é a que não existe de jeito nenhum e a de fachada é a que tem algo
acontecendo, administração, placa, mas movimenta mais recursos do que deveria.
Eles utilizavam igrejas, empresas fantasmas, fazendas e uso de pessoas
interpostas. Um dos cidadãos preso até hoje recebia dinheiro em espécie e
anotava num caderno à moda antiga”, cita um dos investigadores do MP.
Segundo as investigações, a maior parte das lavagens ocorria na compra de
imóveis e apartamentos em Natal. Para tentar confundir os investigadores, os
suspeitos transferiam os recursos recebidos pela venda dos imóveis para conta
de terceiros, “alguns sem nenhuma relação aparente com estes”, cita.
O que levantou a suspeita da Polícia Civil foi a compra de um imóvel em Ponta
Negra, em 2009, avaliado em R$ 500 mil, por um dos suspeitos posteriormente
denunciado como verdadeiro lavador de dinheiro profissional (PML – Professional
Money Launderer”. Na época, foi identificado que o homem declarava rendimentos
na ordem de R$ 19 mil/ano e que “não possuía patrimônio a justificar a
aquisição do imóvel, mas apenas uma pequena oficina de tecelagem no interior
potiguar”, cita.
A oficina de tecelagem voltaria a ser utilizada pelo suspeito considerado
“banco pessoal” do grupo numa técnica chamada “mescla”, em que os recursos
financeiros de origem ilícita são misturados a recursos financeiros lícitos,
numa tentativa de esconder a origem do dinheiro. A empresa de tecelagem
declarou receitas no ano de 2011 no valor de cerca de R$ 22,9 mil, mas
movimentou, entre recursos em espécie a crédito entre 2008 e 2021, no valor
total de R$ 3,2 milhões e a débito no valor de R$ 4,7 milhões. A dissimulação
era feita com aquisição e compra de imóveis, distribuição de numerário,
fracionamento de depósitos não identificados e pagamentos de contas.
Chefiado por dois potiguares irmãos, um deles tido como um dos coordenadores do
PCC no Brasil, um dos irmãos, que usava identidade falsa no RN e montando um
personagem como pastor, chegou a abrir pelo menos sete igrejas em várias cidades
do RN e em São Paulo. Os recursos provenientes do tráfico de drogas, segundo o
MP, eram “lavados” no pagamento de contas cotidianas das igrejas, como conta de
luz, por exemplo.
Outra maneira de lavar o dinheiro era repassá-lo a familiares dos suspeitos em
espécie, segundo a investigação. Além disso, os repasses aconteciam por meio de
complexas engrenagens pautadas, principalmente, na confusão patrimonial de
familiares.
Grupo tentou lavar R$ 6 milhões com loja
Em outra operação investigativa, a Omertà II, há a suspeita de que uma
organização criminosa na cidade de João Dias, Alto Oeste potiguar, tentou lavar
recursos utilizando uma loja de carros na tentativa de esconder os valores. A
suspeita é de que pelo menos R$ 6 milhões num intervalo de dois anos foram
creditados numa conta da concessionária, que só possuía um veículo registrado.
A empresa ficava na cidade de Água Nova, de 3.500 habitantes. Neste
caso, os líderes do grupo, dois deles já mortos, não tinham vínculo de
“batismo” com o PCC, mas tinham relações de negócios para o tráfico e
distribuição de drogas.
O que chamou a atenção da Polícia Civil e do MPRN, nesse caso, é o fato de que
a empresa de veículos automotivos só possuía um carro cadastrado junto ao
sistema do Detran-RN e que os depósitos fracionados feitos na conta de um dos
chefes do esquema somavam de R$ 6 milhões em apenas 2 anos. Para não chamar a
atenção, os depósitos eram feitos de forma fracionada, entre R$ 2 mil e R$ 5
mil.
“Era uma empresa fantasma de venda de veículos. Quando fizemos a verificação,
não tinha fachada, não tinha nada. Essa empresa movimentou muito dinheiro. Era
um CNPJ usado para receber o dinheiro do tráfico. Eles vendiam drogas para o
Estado todo e o dinheiro entrava por essa empresa”, disse uma das fontes ligadas
às investigações do MPRN.
Outro fator que levantou as suspeitas dos investigadores foi o fato de que o
dono do CNPJ da empresa, classificado pelo MP como “laranja”, era beneficiário
de programas sociais do Governo Federal e ter um padrão de vida “muito aquém da
movimentação bancária de sua empresa”. As movimentações bancárias nas contas de
pessoa jurídica e pessoa física também chamaram a atenção.
TRIBUNA DO NORTE
Homem é espancado em Guamaré e agressor é preso sentado próximo à vítima
Um caso de
espancamento foi registrado na tarde desse sábado (31) em Guamaré, no interior
do Rio Grande do Norte. A vítima foi encontrada com sangramento em partes da
cabeça, principalmente pela boca, por policiais militares do Pelotão da cidade.
Já o agressor, estava sentado próximo à vítima e friamente assumiu a autoria do
crime, segundo a PM.
O agressor foi preso
até a morte por agredir o desafeto quase até a morte na rua Miassaba, no Centro
de Guamaré. A ação se deu por volta das 15h, após os policiais militares
receberem uma denúncia de uma briga. Ao chegar no local, os policiais
encontraram um homem caído ao solo, agonizando.
O agressor informou aos
policiais que teria agredido na intenção de matar a vítima pois ele o teria
acusado de um homicídio na cidade de Macau. Foi dado voz de prisão pelo crime
de lesão corporal de natureza grave. O suspeito foi conduzido à 5ª Delegacia
Regional para os procedimentos cabíveis. Já a vítima foi transferida para um
hospital em Natal, em estado grave.
Os dois homens são
acusados de terem matado um homem em Macau e teriam saído da prisão
recentemente.
TRIBUNA DO NORTE
Lei Seca: idoso de 67 anos é preso por dirigir alcoolizado em Parnamirim
O Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), por meio da Seção
Lei Seca, promoveu operações neste fim de semana em Parnamirim, nas
proximidades da Festa do Sabugo, tradicional evento junino da cidade da Grande
Natal. Os pontos de fiscalização resultaram na prisão em flagrante de cinco
homens por dirigirem sob efeito de álcool.
Entre os
detidos, está um idoso de 67 anos, cujo exame de alcoolemia apresentou um
índice de 0,74 mg/L no teste do bafômetro. Após alguns minutos, o aposentado
realizou um segundo teste, que resultou em 0,84 mg/L, indicando que os efeitos
do álcool em seu organismo ainda estavam aumentando.
Todos os cinco condutores
flagranteados sob efeito de álcool foram presos e encaminhados à Delegacia de
Plantão. As operações culminaram em um total de 586 abordagens, das quais 27
motoristas foram notificados por alcoolemia, onde a lei prevê para esse casos
uma multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
O
efetivo policial também registrou 12 outras infrações às normas do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB), removendo seis veículos ao pátio do Departamento
Estadual de Trânsito (Detran/RN).
TRIBUNA DO NORTE
Treze pessoas são presas por estelionato contra Caixa Econômica
A Polícia Federal, em coordenação
com a Polícia Rodoviária Federal, desarticulou uma associação criminosa
especializada na utilização de documentos digitais falsos para cometer
estelionato contra a Caixa Econômica Federal. A operação ocorreu nessa sexta-feira
(30). Segundo a corporação, o grupo operava de forma altamente organizada e
sofisticada, explorando brechas no sistema financeiro digital para obter ganhos
ilícitos.
Na
ação, foram presos em flagrante oito homens e cinco mulheres em Santana do
Livramento e Porto Alegre, ambas no Rio Grande do Sul, pelos crimes de
estelionato majorado, falsificação de documentos, uso de documento falso e
associação criminosa.
As investigações revelaram que o
grupo iniciava suas atividades através da obtenção ilegal de informações
pessoais de terceiros. Esses dados eram obtidos por meio de táticas de
phishing, compra de informações em mercados ilegais e, em alguns casos, por
meio da invasão de sistemas de empresas que armazenam essas informações.
De
posse desses dados, os investigados utilizavam ferramentas avançadas de edição
gráfica para falsificar documentos digitais, criados com um nível de qualidade
que dificultava a detecção de fraude pelas instituições financeiras.
Com
os documentos falsos em mãos, os criminosos se passavam por terceiros e
realizavam diversos saques em espécie nas contas das vítimas. A operação
criminosa causou prejuízos significativos à instituição financeira e às vítimas
cujos dados foram comprometidos.
Agência Brasil
01 setembro 2024
INTERIOR DO RN: Candidato pela oposição diz que rejeita categoricamente qualquer tipo de violência ou discurso" diz nota
INOVAÇÃO: Casal Neto e Anclebia reinauguraram a panificadora e conveniênçia Itajá; ambiente climatizado e confortável
Uma tarde emocionante!
Assim foi neste sábado (31) de
agosto de 2024, a cidade de Itajá no interior do Rio Grande do Norte, parou para
assistir de perto a reinauguração da panificadora e conveniência Itajá.
O casal neto carau e anclébia,
pensando no conforto dos seus clientes e bem está, realizou uma mega reforma e
revitalizaçãoe climatização com mais espaço, entregando assim a primeira
panificadora, da região com formato capital.
A benção foi ministrada pelo
padre Inácio Lopes, momento emocionante no corte da fita dando inicio a um novo
capitulo da história.
A panificadora oferece em seu
cardápio, um mix de produtos, além de bolos, bolachas, doces, salgados, pães, frios
e laticinio, além de um self-service com aquele café da manhã.
A principal atração foi a
distribuição de um bolo de 5 metros, e salgados em frente a panificadora, além
da distribuição a venda de produtos.
O casal aproveitou o momento
para agradecer a todos os clientes pela confiança e credibilidade, e que que dias
melhores virão e grandes novidades.
CONFIRA A MATÉRIA COMPLETA AQUI:
VEJAM MAIS FOTOS
30 agosto 2024
Ao entrar na cidade de Itajá você encontra o melhor combustível da cidade posto santa edwiges
Ao entrar na cidade de Itajá, você encontra um posto de combustível, com
a melhor qualidade em produtos para o seu veículo.
O posto santa edwiges, está localizado na avenida João Manoel Pessoa,
você encontra gasolina, diesel, diesel S10, lubrificantes, uma conveniência
totalmente climatizada com produtos para você.
Façamos uma visita…
Aceitamos todos os cartões.
Estamos aberto de segunda a domingo das 6h ás 20h.
Jovem de 24 anos é assassinado a tiros após ter sua casa invadida por criminosos no Vale do Açu
Um crime de homicídio com características de execução foi registrado
durante a noite desta quinta feira 29 de agosto de 2024, no município de Alto
do Rodrigues, região do Vale do Açu, no interior do Rio Grande do Norte.
A vítima foi o jovem Francisco Matheus do Nascimento, de 24
anos de idade. De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estava em
casa, próximo a uma quadra de esportes, quando foi surpreendida pelos
criminosos, que invadiram a residência e a executaram com diversos tiros.
A Polícia informou que o jovem era natural de Mossoró, mas estava
morando em Alto do Rodrigues. Ainda não há informações sobre motivação e
autoria do crime.
A equipe do Itep da unidade de Mossoró,
realizou os procedimentos de perícia e em seguida recolheu o corpo para exames
em sua base. A Polícia Civil vai investigar o crime.
Dnocs: Barragem Passagem das Traíras fica pronta em novembro
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) prometeu para o
próximo mês de novembro a entrega da obra de recuperação da Barragem Passagem
das Traíras, situada entre os municípios de São José do Seridó, Jardim do
Seridó e Caicó.
O anúncio foi dado à governadora Fátima Bezerra pelo diretor de
infraestrutura do órgão, Luiz Hernani Júnior, em reunião na terça-feira (27),
no Centro Administrativo, em Natal. Pelo cronograma, a obra deveria ter sido
concluída no mês de julho e o atraso tem deixado prefeitos da região aflitos,
uma vez que compromete o abastecimento nos seus municípios.
Os serviços foram iniciados em 2020 e o projeto executivo da barragem
foi elaborado pelo Governo do Estado, com recursos do Ministério da Integração
e do Desenvolvimento Regional. “No próximo dia 6 de setembro finalizamos as
obras civis. Entre o dia 10 e 20, os equipamentos hidromecânicos irão chegar e
começaremos a montagem. Nossa previsão é entregar a barragem à população do Rio
Grande do Norte na segunda quinzena de novembro”, detalhou o diretor Luiz
Hernani Júnior.
Para o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Paulo
Varella, a conclusão ainda neste ano é importante para não perder a próxima
quadra chuvosa. “É interessante notar que a obra não parou e tem a nossa
supervisão. A governadora convidou a diretoria do Dnocs frente à necessidade da
conclusão da obra, para que a gente não perca o próximo inverno”, disse.
Segundo ele, a barragem está sendo totalmente recuperada. “Tem uma parte
que a gente chama de obra física, que é a própria estrutura da barragem que foi
toda recuperada e está nas últimas questões de finalização para ficar pronta
ainda em setembro”, informou Varella.
A segunda parte, chamada de hidromecânica, trata-se de uma série de
comportas que permitem a operação da barragem. “Essa era a que mais nos
preocupava, porque são as comportas, senão ela ficaria toda pronta, mas ficaria
aberta. Essa é um contrato diferente com outra firma sob encomenda. O diretor
do Dnocs nos informou que ainda esse mês ela estaria colocando o material”,
disse o titular da Semarh.
Resta ainda a montagem, que é realizada por uma terceira empresa já
contratada e preparada para começar. “Portanto, ele deu esse prazo de novembro
para ter as garantias de que, até lá, a barragem estará perfeitamente
operacional”, argumenta Paulo Varella.
Construída no leito do Rio Seridó para reforçar o abastecimento nas
cidades de Jardim do Seridó, Caicó e São José do Seridó, a barragem foi
inaugurada em 1994 e tem capacidade para acumular 49,7 milhões de metros
cúbicos. Além de servir para o abastecimento, é utilizada para irrigação,
criação de peixes e defesa contra cheias no Seridó. Quando concluída, será o
quarto maior reservatório da região.
A demora para a obra ser entregue tem gerado críticas de prefeitos de
municípios afetados com as obras. Em Jardim do Seridó, por exemplo, o prefeito
Amazan Silva, disse, em março passado em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, que a
cidade está sendo abastecida pela adutora emergencial de Boqueirão, de
Parelhas, mas que a principal adutora que abastece o município é justamente
Passagem das Traíras.
“Temos uma cidade com 12 mil habitantes e sua principal adutora está
desativada há vários anos. Primeiro, porque não tomava recarga e, depois, em
virtude dessa desativação pela obra que se arrasta há muito tempo e até agora
nada”, reclamou.
Naquela ocasião, o Dnocs informou que 95% da obra estavam executados e
que os recursos para finalização, próximos a R$ 3 milhões, estavam assegurados.
Em São José do Seridó, o prefeito Jackson Dantas, também pedia celeridade e
prioridade para execução e finalização da barragem. “Além da sustentabilidade
hídrica ao município, dará sustentabilidade ao trabalhador rural. Aqui é uma
bacia leiteira, o pessoal daqui vive do gado, de plantações. Hoje é a principal
obra que o município de São José do Seridó precisa”, acrescentou.
TRIBUNA DO NORTE
Decisão de Moraes contra Starlink afeta empresa com 215 mil clientes, incluindo Forças Armadas
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear contas bancárias da Starlink, afeta a principal empresa de internet via satélite no Brasil, com uma base de 215 mil clientes, incluindo Forças Armadas e escolas públicas.
De imediato, a medida não prejudica os serviços, segundo intermediários
da tecnologia de Elon Musk consultados pelo Estadão. Entretanto, ela colocou o
mercado em alerta para impactos futuros provocados pela eventual
impossibilidade de pagamento de fornecedores de serviços prestados em terra.
A Starlink tem 215.528 acessos de banda larga fixa no Brasil, conforme
dados de junho computados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
No mesmo período de 2023, eram 66.516
Em comunicado enviado a clientes nesta quinta-feira, 29, a Starlink
informou que “está comprometida em defender seus direitos” e que continuará
prestando os serviços “gratuitamente, se necessário”.
A rede de satélites de Elon Musk, operada por meio da empresa Space X,
já entrou na administração pública brasileira. Há contratos para serviços
militares do Exército e da Marinha e para a rede de ensino, como mostrou o
Estadão.
Além de contratos para conectar escolas, feitos por governos locais com
empresas nacionais intermediárias da Starlink, há, no âmbito federal, escolas e
universidades conectadas principalmente por meio de duas iniciativas.
Uma delas é pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), uma organização social
ligada ao governo federal que virou uma espécie de “faz-tudo” no governo de
Luiz Inácio Lula da Silva. A outra é um projeto-piloto desenvolvido pela
estrutura criada para gerir o dinheiro arrecadado com o leilão do 5G.
Graças à RNP, o presidente Lula, sem saber, serviu de garoto-propaganda
da tecnologia de Elon Musk após testar e aprovar a qualidade da internet, em
2023. A organização social, após pedido do Ministério das Comunicações,
instalou a Starlink no Navio Hospital Escola Abaré, usado para telemedicina na
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Lula visitou a embarcação, ouviu
pacientes e saiu elogiando o funcionamento do serviço.
A foto de Lula em frente a um monitor com internet da Starlink foi
interpretada por executivos do mercado de satélites como um aval presidencial à
adoção da tecnologia. Como mostrou o Estadão, o Ministério da Educação criou
uma regra que facilitava a entrada da Starlink nas escolas, mas recuou.
Na Marinha, a Starlink foi contratada para conectar o maior navio de
guerra da frota nacional, o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico. Apesar de
recorrer ao serviço, a Força dizia que dados militares não passariam pela
tecnologia de Musk. O Exército também usa a Starlink, principalmente em
equipamentos militares localizados no Norte do País.
Sindicato de empresas de satélites vê riscos de ‘apagão’
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por
Satélites (Sindisat), Fabio Alencar, avalia que um bloqueio de contas bancárias
prolongado pode impactar os serviços da Starlink no Brasil.
“Eu diria que, por enquanto, não afeta, mas poderá afetar. Se as contas
continuarem bloqueadas, eles perderão a condição de receber e efetuar
pagamentos. Isso afetaria a operação em geral, pois os fornecedores poderiam
parar de prestar os serviços contratados, como a própria operação dos
gateways”, afirmou.
Gateways são estruturas físicas com a tecnologia necessária para que
usuários navegam com a internet dos satélites. Segundo Alencar, a Starlink tem
mais de 10 gateways no País. “Estes gateways devem estar instalados em
localidades alugadas pela Starlink. Se eles não pagarem o aluguel, a luz ou o
pessoal de manutenção, por exemplo, o sistema para”, explicou.
Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de contas bancárias da
Starlink. O ministro considerou a existência de um “grupo econômico de fato”
sob comando do empresário e mandou bloquear todos os valores financeiros do
grupo para garantir o pagamento das multas aplicadas pela Justiça brasileira
contra a rede X (antigo Twitter), também pertencente a Elon Musk.
Em comunicado a clientes divulgado nesta quinta-feira, 29, a Starlink
disse classificar a decisão de Moraes como “inconstitucional” e afirmou que vai
recorrer.
UOL
X não cumpre decisão de Moraes e diz que irá revelar “exigências ilegais” do ministro
Em nota publicada na noite desta quinta-feira
(29), a rede social “X” se pronunciou após o fim do prazo dado pelo ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que a rede indicasse
representante legal no Brasil. A rede social afirmou que já espera a ordem para
bloqueio desta no Brasil, ao não cumprir a intimação, e alegou ainda que Moraes
determinou o cumprimento de “ordens ilegais para censurar opositores políticos”
entre os quais estariam um senador eleito e uma adolescente de 16 anos.
Ainda conforme a nota, o “X” declarou que irá divulgar “todas as exigências ilegais do Ministro e todos os documentos judiciais relacionados, para fins de transparência”.Em 18 de agosto, o “X” anunciou que encerraria as operações no Brasil. Segundo o comunicado, a posição foi tomada depois de uma decisão de Moraes.
Leia a nota
completa abaixo:
“Em breve, esperamos que o Ministro
Alexandre de Moraes ordene o bloqueio do X no Brasil – simplesmente porque não
cumprimos suas ordens ilegais para censurar seus opositores políticos. Dentre
esses opositores estão um Senador devidamente eleito e uma jovem de 16 anos,
entre outros.
Quando tentamos nos defender no
tribunal, o Ministro ameaçou prender nossa representante legal no Brasil. Mesmo
após sua renúncia, ele congelou todas as suas contas bancárias. Nossas
contestações contra suas ações manifestamente ilegais foram rejeitadas ou
ignoradas. Os colegas do Ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal
Federal estão ou impossibilitados de ou não querem enfrentá-lo. Não estamos
absolutamente insistindo que outros países tenham as mesmas leis de liberdade
de expressão dos Estados Unidos.
A questão fundamental em jogo aqui
é que o Ministro Alexandre de Moraes exige que violemos as próprias leis do
Brasil. Simplesmente não faremos isso. Nos próximos dias, publicaremos todas as
exigências ilegais do Ministro e todos os documentos judiciais relacionados,
para fins de transparência.
Ao contrário de outras plataformas
de mídia social e tecnologia, não cumpriremos ordens ilegais em segredo. Aos
nossos usuários no Brasil e ao redor do mundo, o X continua comprometido em
proteger sua liberdade de expressão”.
TRIBUNA DO NORTE