Os custos das diárias operacionais das forças de segurança do Rio Grande do Norte, durante as eleições municipais neste domingo (6), devem custar cerca de R$ 10 milhões aos cofres públicos. É o que aponta o titular da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesed/RN), Coronel Araújo.
Segundo ele, o valor engloba o pagamento da diária operacional e o vale alimentação dos agentes policiais que estarão trabalhando de forma extraordinária. Em todo o Estado, somando o efetivo local e nacional, mais de 12 mil agentes estão escalados para o pleito eleitoral.
Entre as forças de segurança englobadas na operação das eleições, estão a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e o Corpo de Bombeiros, além do Itep que vai manter plantão para o pleito. Coronel Araújo reforça que a distribuição do efetivo operacional considera a quantidade de seções eleitorais em cada cidade. Para os municípios que pediram reforço das tropas federais, o trabalho das forças nacionais acontece de forma integrada ao da equipe estadual. Ao todo, três municípios tiveram solicitações de apoio da Força Federal aprovadas no Estado: João Dias, Jardim de Piranhas e São Gonçalo do Amarante.
De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil do Estado(PCRN), Ana Cláudia Saraiva, além das três cidades em que há notícias-crime e procedimentos instaurados ligados às eleições, o efetivo também foi reforçado naquelas com informações de acirramento e boletins de ocorrência desencadeados pelo pleito.
O pedido de reforço na segurança de João Dias aconteceu em virtude do assassinado do prefeito Marcelo Oliveira (União Brasil) e seu pai, Sandi Alves de Oliveira, no dia 27 de agosto deste ano. Ao todo, 14 pessoas foram presas desde o crime e continuam sob custódia. Deste grupo, conforme já apontado pela Sesed, quatro estão presas por participação direta nas mortes das vítimas e os outros 10 por formação de milícia privada.
Questionado sobre o trabalho de identificação e repressão de grupos criminosos atuantes na cidade durante o pleito eleitoral, Coronel Araújo reiterou que em todos os locais em que existem relatórios de inteligência e investigações policiais o reforço será ampliado. Sobre a confirmação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, de que autoridades do Estado demonstram preocupação pela chegada de pessoas de grupos criminosos ao poder público por meio das eleições, o titular da Sesed reforçou não ter embasamento para comentar o assunto. “O ministro da Justiça tem o papel dele como chefe da segurança do país e conta com dados para essa declaração. Não tivemos acesso a esses dados e por isso, não posso comentar”, declarou.
Fiscalização do trânsito e nas rodovias
Durante a operação para as eleições 2024 não será editada portaria para Lei Seca. Coronel Araújo explica que o Ministério Público entrou com ação no TSE na eleição de 2022 e ficou definido que não há necessidade da regulação do uso de bebidas alcoólicas.
TRIBUNA DO NORTE