11 dezembro 2024
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Quem é o autor do memes?
Trabalhando há seis anos com produção de conteúdo nas redes sociais, Matheus de Oliveira Lima, de 26 anos, viu a vida mudar com a criação do personagem. Somente em uma rede social, são mais de 1,7 milhão de seguidores. Antes do meme, eram 16 mil.
O autor conta que teve a ideia no início de 2024 e que não quis segurá-la por muito tempo, por medo que outra pessoa fizesse antes. Desde o princípio, ele diz que sabia que o personagem teria sucesso.
"Eu esperava um sucesso, mas foi além das expectativas. Quando eu tive a ideia, eu ficava imaginando a repercussão, antes mesmo de começar a publicar os vídeos. Até sonhos eu tive", conta.
"Eu estudei a voz e tinha a plena convicção de que ia usar ela, sabendo que eu não era o primeiro a usar aquela fantasia, que é do personagem do filme Pânico, de 1994. Mas eu ia fazer algo que ninguém nunca fez", lembra.
O criador atribui o sucesso a uma série de fatores aos quais as pessoas se associam, como o medo, ou não, da morte. Quase 200 vídeos já foram produzidos com o personagem.
"Eu via que as pessoas se arriscavam muito sem necessidade, colocam a vida em jogo por coisas que não valem a pena. Então pensei em entrar por aí. O 'motivo' que é a passagem para o outro mundo. Depois coloquei o carimbo usado pela 'morte'. Quando vi as pessoas fazendo cortes, usando o bordão, eu vi que tinha dado certo", conta.
O sucesso extrapolou os limites do Rio Grande do Norte e até mesmo das fronteira nacionais. Matheus já recebeu mensagens de admiradores de Portugal, Espanha, Alemanha e outros países ao redor do mundo.
Apesar da fama, ele continua morando "no meio do mato", como diz, no sítio Umarí, na zona rural de Lagoa de Pedras.
"Posso viajar o Brasil todo e até fora, se for preciso, mas quando eu quiser descansar, quiser ver minha família, estar quieto, na minha paz, é aqui no sítio", declara.
Com o dinheiro que ganhou por meio de parcerias e patrocínios, ele diz que comprou um carro para fazer as viagens a trabalho e está construindo uma casa em um distrito próximo, para os pais, que são agricultores aposentados. Os recursos também vão garantir uma cirurgia para tentar restaurar a visão do pai dele, que é deficiente visual.
Cobertura diz que, mesmo com outras ideias e projetos em preparação, não poderá deixar o personagem de lado e vai continuar produzindo vídeos da morte.
G1RN